Arquivos mensais: setembro 2015

museu SMK DinamarcaVisitamos a National Gallery of Denmark (ou SMK – Museu Nacional de Arte), em Copenhague, capital da Dinamarca, para conhecer uma forma de conectar crianças e Arte.
As linguagens das artes são recursos de expressão e comunicação quase que naturalmente experimentados pelas crianças. Hoje, o mundo persegue caminhos para aprofundar essa conexão nos locais que concentram obras de arte, como museus e centros culturais.

O SMK é um museu grande e tradicional. Um prédio com uma mistura imponente de estilos é a porta de entrada para uma coleção preciosa de arte visual, que abrange desde pinturas e esculturas europeias da idade média, até os mais significativos representantes da arte contemporânea mundial.

Na bilheteria, perguntamos: existe algum departamento direcionado às crianças nesse museu? Sim, respondeu a recepcionista. Temos um departamento, ateliês, salas interativas na exposição permanente e exposições voltadas para as crianças que, hoje, tem uma sendo montada. Prosseguimos perguntando: onde acontece tudo isso? E a resposta foi: espalhado pelas mais de 200 salas do museu!

arte-educadoras Ida e SigneComeçamos por buscar os ateliês para crianças. Ficam na ala nova, num espaço central, acessível e cercado de esculturas e instalações de obras contemporâneas. Numa das salas vimos a mostra da brasileira Laura Lima. Também notamos a sala ao lado dos ateliês sendo trabalhada para receber uma exposição voltada para os pequenos.

Num dos ateliês, encontramos uma equipe de arte-educadoras (monitoras) – Signe e Ida – com quem pudemos conversar.

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O choro insistente e frequente das crianças pequenas desespera…
Choro é uma linguagem utilizada e conhecida por todos os seres humanos na primeira infância, mas vamos perdendo essa forma de comunicação e conquistando outros recursos para expressar nossos sentimentos e também controlá-los.

Chorar pode significar uma série de situações desconfortáveis e um pedido de ajuda num momento em que a vida é dependente dos cuidados e das relações amorosas com os adultos.

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Quais os prováveis motivos?
Bebes e crianças pequenas choram porque estão frustradas por não alcançarem algo, perturbadas com muita luz e barulhos, entediadas com um cenário sempre igual. Podem chorar por que estão com fome, com a fralda encharcada ou suja, estão cansadas, com sono, com cólica e, portanto, a mais óbvia das causas: por problemas relacionados à fisiologia.

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Todos se propõem a planejar o seu dia, as suas atividades. Mas como fazê-lo quando este planejamento não se refere só a si, mas a todas as crianças que estão uma boa parte do dia sob sua responsabilidade?
Cada uma tem uma vontade, um desejo e está em um estado de busca.
Quando a proposta é fazer um planejamento que parte destas vontades, desejos e buscas, está se planejando o imprevisível!

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 O que pensar, o que escolher, como é a elaboração deste planejamento?

O professor que tem a preocupação em saber o que fazer com sua turma, tem que estabelecer um ponto de partida. Se as singularidades de suas crianças são importantes este ponto de partida já esta estabelecido. SÃO ELAS.

Tudo começa com observar e escutar sua turma e o que brota nos momentos da Rotina: as ações mais procuradas, os interesses, as demandas, as pesquisas e descobertas, os assuntos que estão bombando entre as crianças.

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Tempo de Creche conversou com Janaina Maudonnet, mestre em educação e especialista em educação em direitos humanos, sobre o currículo integral – ou holístico – e seu potencial nas descobertas da cultura e singularidade das crianças e as demandas na formação do professor na Educação Infantil.

Acervo pedagogia com a Infância

Tempo de CrecheO que é o currículo para a Educação Infantil?

JanainaAo tratarmos de currículo na Educação Infantil, estamos falando do modo de organizar as práticas educativas: os espaços, as rotinas, os materiais que disponibilizamos às crianças, as experiências com as linguagens verbais e não verbais que lhes serão proporcionadas e os modos de acolhimento na instituição.

A forma como organizamos essas práticas tem por trás ideias sobre a finalidade da educação, a maneira como os sujeitos aprendem, o que se deseja que eles aprendam, que tipo de homem queremos formar e para qual tipo de sociedade. Trata-se de uma prática complexa, que necessita de permanente reflexão por parte dos adultos que a oferecem.

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Não é raro notarmos atitudes que chamamos de birra, descontrole e falta de limite nos pequenos do grupo. Essas questões estão relacionadas à habilidade de lidar com os sentimentos que, como outras habilidades, devem ser exercitadas, aprendidas e desenvolvidas. Ela começa a se desenvolver no nascimento e continua como um processo durante toda a infância e adolescência. Este aprendizado é a capacidade de reconhecer, expressar e lidar com emoções intensas de forma adequada e oportuna.

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Saber lidar com emoções intensas é uma habilidade conquistada aos poucos, fundamental para o desenvolvimento saudável. Ele favorece as relações, as ações  cooperativas, a lidar com as frustrações e a resolução de conflitos. Os pequenos aprendem essas habilidades por meio de interações com os adultos, e as orientações de pais e educadores com exemplos e explicações claras e gradativas.

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Tempo de Creche conversou com a musicista e psicóloga, especialista em musicalização para crianças e bebês, Andréa Franco Schkolnick. Para Andréa a música é um meio expressivo e não a finalidade do trabalho com crianças.

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Tempo de Creche – Como é o universo da música para a criança de 0 a 3 anos?

Andréa – Realizo um trabalho de música com bebês desde 2006 e de lá para cá muita coisa mudou.

Inicialmente, minha maior preocupação era a pesquisa de músicas e brincadeiras  para esta faixa etária. Procurava escolher instrumentos mais adequados e que não oferecessem riscos para o bebê. Músicas para movimentos de balançar, embalar e pular ou mesmo para chamar a atenção da criança na comunicação verbal (por exemplo, músicas com sílabas que se repetem ou com as vozes de animais).Tudo era planejado por que eu achava que assim estaria próxima do mundo e dos interesse das crianças, podendo compreendê-las melhor e elas se sentindo à vontade.

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Aprendizagem dos movimentos numa viagem de faz-de-conta

Deslocar-se nos espaços é um assunto sério! Movimentos são linguagem expressiva e recurso de brincadeira. E não se trata somente de mover o corpo. Os movimentos constituem-se numa linguagem que comunica. O crescimento físico e a aquisição das habilidades motoras marcam a primeira infância e são favorecidas quando a criança participa de atividades motoras desafiadoras e lúdicas.

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Falar de leitura para bebês e crianças pequenas pode soar estranho e ainda é assunto polêmico. Quase sempre associamos a leitura ao aprendizado da escrita ou à ideia de que os bebês não estão capacitados para compreender e absorver de modo ativo e inteligente esta parcela letrada do mundo.

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Estudos e práticas recentes revelam exatamente o contrário.  Reside uma sabedoria infantil que nasce no berço e, livros e leituras podem se tornar uma espécie de brincadeira alegre e divertida para os bebês.

É disto que falaremos daqui para adiante. O que me impulsionou a escrever este texto, além do convite do pessoal do Blog “Tempo de Creche” e da minha afinidade e familiaridade com o assunto, foi a leitura que fiz na Revista Emília e na entrevista que Yolanda Reyes, uma colombiana que defende uma cultura leitora desde o início da vida concedeu ao blog Arte e Infância. Nesta reportagem Yolanda afirma que os primeiros contatos das crianças com a literatura ocorrem em “livros sem páginas, que estão escritos na boca das pessoas”.

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Contar histórias para crianças é tão importante para a sua formação que diversas pesquisas apontam para resultados surpreendentes dessa prática. Nos Estados Unidos pediatras passaram a receitar a narração de histórias e poesias até para bebês no útero! Professores precisam trabalhar o mergulho na magia das histórias com suas crianças.
Mas é preciso ser profissional ou ter esse dom?

Contar histórias é uma das artes da palavra.

Muitos contadores usam experiência e intuição para transmitir o que viveram. Outros buscam aprendizados para desenvolver esta habilidade. Leem muito, estudam a língua e, às vezes aprofundam-se nas técnicas de representação. Os atores que encenam histórias, o fazem com um texto formatado, independente do tipo de plateia presente. Já o contador precisa levar em conta a presença e a personalidade de sua audiência.

Apesar da carência na formação de alguns professores, podemos buscar informações sobre o assunto e seguir alguns conselhos preciosos dos especialistas deste oficio. Outro fator importante é exercitar e desenvolver um jeito prazeroso e particular de proporcionar para as crianças experiências literárias.

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