Arquivos mensais: março 2016

Em entrevista ao Tempo de Creche a professora Josca Ailine Baroukh fala sobre a  importância do acesso das crianças e dos professores à Arte como alimento para as múltiplas formas de expressão

Tempo de Creche – Como você vê a arte no currículo da Educação Infantil? E a Arte na formação dos professores?

Josca Se nós considerarmos que a arte se apresenta em várias linguagens e que as crianças pequenas se expressam pelas 100 linguagens, como diz Lóris Malaguzzi, o acesso a essas linguagens é fundamental para sua formação. As crianças têm direito de conhecer as várias linguagens da arte, pois elas se expressam por meio delas.

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Se nós não ensinarmos uma criança a falar, inserindo-a em contextos de fala, ela não vai usar a linguagem verbal. Da mesma forma, se nós não ensinarmos as linguagens artísticas, ela também não vai utilizá-las para se manifestar. As crianças se expressam de muitas formas diferentes, quanto mais se oferecer a elas acesso às diversas linguagens, mais poderão se manifestar à sua maneira. É um dever do educador oferecer e promover a elas o acesso às múltiplas linguagens.

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Frato Creche não é um cabideiroNossas crianças são brincantes, alegres, energéticas, corporais, cheias de iniciativas e exploradoras do mundo que as cerca! Mas, às vezes olhamos para a nossa turma e pensamos: acho que fomos sorteados! Que turma difícil!

Enxergamos uma reunião de diversos perfis: o hiperativo, com o endiabrado, com o líder, com a esperta, com o agressivo, tudo num filme que poderia se chamar “Os Sem-limite”!
Você já se sentiu assim?
Com essa reunião de personalidades marcantes, o dia a dia fica denso, cansativo, imprevisível e dá uma sensação de que não conseguimos produzir nada com a turma.

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Acabou a adaptação. O que eu já sei? O que ainda não sei e preciso saber para trabalhar com os meus pequenos? Que tal planejar uma viagem de aprendizagens com as crianças a partir de um roteiro para refletir? 

imagem 5 crianças na creche

Passada a adaptação, muitas informações puderam ser levantadas pelo professor que:

  • acolheu crianças emocionadas e inseguras;
  • recebeu, conheceu e se relacionou com as famílias;
  • percebeu as primeiras peculiaridades da faixa etária com a qual está trabalhando (se houve mudança!)
  • no meio do turbilhão de sentimentos, observou as características mais evidentes das crianças.

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Em seu depoimento, a professora Denise Nalini nos coloca a importância das ações de construção de parceria na relação escola e família. Relações que valorizam atitudes de respeito e de escuta, sendo planejadas com intensão pedagógica e tendo previsão de ações específicas.

Tempo de Creche – As famílias sabem o que esperar da Educação Infantil?

CEI Cidinha UNA 1Denise – Na minha perspectiva, o trabalho com as famílias deve acontecer num processo que podemos chamar de formação da demanda. É a primeira vez que uma família tem contato com uma instituição de educação, portanto a forma como é tratada marca suas expectativas em relação ao que será uma boa ou não educação. Em termos nacionais, a chegada da população brasileira à Educação Infantil é recente. Até pouco tempo atrás, a creche era compreendida apenas como um direito da mãe e não da criança. Dessa maneira, as famílias tinham medo de dar informações, pois corriam o risco de perder a vaga do filho, essas práticas ao invés de aproximar as famílias das creches, afastou e gerou tensão. Além disso, grande parte das mães e pais viveram um modelo de escola, em que a tônica era a cópia, a pasta cheia e a criança quieta. Pensar em valores de uma nova educação, refletir sobre o papel da brincadeira auxilia os pais a compreenderem que padrão de qualidade em Educação Infantil é muito mais do que criança limpa ou criança quieta.

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Dentro de um projeto de ampliação de repertório cultural, os educadores do CEI Nossa Turma visitaram o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. A visita cultural ocorreu num dos períodos da parada pedagógica mensal.

Proporcionar momentos prazerosos na vista a um museu é muito fácil, nos contou a Diretora Pedagógica da Associação Nossa Turma, Ana Cristina Souza Campos. Não é preciso grande estrutura para realizar um passeio como esse com a equipe, mas vontade. Utilizar o transporte público e a disponibilidade das pessoas de andarem a pé, viabiliza a chegada ao local. Além disso, o próprio museu oferece a gratuidade, tem prazer em receber o grupo e disponibiliza um educador de sua equipe para acompanhar a visita.

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Creches públicas, entre outras instituições, ainda encaram a construção das equipes gestoras como estratégia política. As dificuldades enfrentadas por profissionais recém empossados são inúmeras e a continuidade do trabalho qualificado exige medidas criativas que buscam uma integração em rede. É nesse âmbito que a FLUPP – Fundação Lúcia e Pelerson Penido desenvolve alguns de seus programas no Vale do Paraíba (SP) e Vale do Araguaia (MT).

Conversamos com Eduarda Penido Dalla Vecchia, diretora executiva da FLUPP, sobre essa experiência.

Tempo de Creche – Acompanhando o trabalho formativo da FLUPP, como você vê a gestão das creches?

Eduarda – Um dos primeiros pontos é a questão de estar coordenador, sendo ainda  professor.

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Tempo de Creche tem recebido diversas mensagens de educadores com dúvidas sobre inclusão, trabalho pedagógico com crianças com deficiência e autismo. 
Conversamos com a pedagoga e especialista em inclusão, Solange Z. Muszkat, sobre a postura e as ações práticas para incluir crianças especiais e garantir o desenvolvimento de de todo o grupo. 

Tempo de Creche – O que as creches precisam garantir para que seus professores possam trabalhar com crianças com deficiência em suas turmas?

Solange – É extremamente necessário que gestores escolares e professores estejam abertos à chegada de crianças com necessidades educacionais especiais (NEE), acolhendo-as e desprendendo-se de velhas crenças para que o resultado seja positivo.

Não existe um perfil ideal de professor para trabalhar com crianças com NEE. O professor que está preparado para atuar como educador, em tese, estará apto a trabalhar com todo o tipo de criança, seja com NEE ou não.

Além da formação de base, é preciso garantir aos professores materiais e salas adequadas e constante reciclagem, oferecendo-lhes cursos e oficinas. A boa vontade e amar o que se faz são  primordiais para o bom desenvolvimento de crianças com NEE.

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brincando com pneusDá para classificar as brincadeiras infantis?
Brincar de mexer. Brincar de pular. Brincar de dançar. Brincar de desenhar. Brincar de comer. Brincar de construir. Brincar de casinha. Brincar de carrinho. Brincar de jogar. Brincar de rir… brincar de brincar.

Os brincares são intensos, variados, criativos e evoluem à medida que são brincados. Essa é a grande matéria prima da infância. Criança é feliz quando brinca e exercita as relações. Assim, esse estado de graça faz com que aconteçam aprendizagens e desenvolvimento.

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O trauma infantil é uma realidade que lidamos no dia a dia da Educação.
Como ficar sensível ao sofrimento das crianças que vivem situações traumáticas?
Como desenvolver um trabalho que contribua para fazer brotar suas capacidades e empoderá-las? 

crianças 1Ao atravessar momentos de pesar, a tristeza fica evidente. Porém, ao vivenciar o trauma, os sintomas expressos pelas crianças podem dificultar a correlação com os acontecimentos traumáticos. Na verdade, alguns comportamentos das crianças em sofrimento – frustração, impaciência, dificuldade de concentração, de seguir regras e de se relacionar – podem ser confundidos com outras questões, dificultando a aproximação mais adequada dos adultos ao problema real.

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Tempo de Creche conversou com a doutora em educação Amanda Cristina Teagno Lopes, autora do livro Educação Infantil e Registro de Práticas, sobre o planejar, observar, registrar e documentar na nossa prática.

Tempo de Creche – Como você vê o uso dos instrumentos metodológicos – reflexão/avaliação, planejamento e pauta do olhar nas práticas dos professores da Educação Infantil?

Amanda – Penso serem instrumentos essenciais ao alcance da boa qualidade das práticas pedagógicas, uma vez que ajudam o professor a tornar seu trabalho mais intencional, a observar as crianças e seus percursos de aprendizagem e desenvolvimento, a avaliar sua ação enquanto docente.

É muito importante planejar um dia de trabalho, um projeto, uma sequência de atividades a serem desenvolvidas; isso ajuda o professor a ter clareza sobre os objetivos que quer alcançar, e como fazer para alcançá-los. O planejamento representa uma previsão, uma antecipação do que se pretende alcançar (assim como ter uma lista de compras quando vamos ao supermercado nos ajuda a otimizar o tempo e mesmo o dinheiro gasto…). Isso é planejar.

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