Neurociência, aprendizagem e desenvolvimento infantil – 12 a 18 meses
Os bebês são pesquisadores. Nascem com a curiosidade e a iniciativa para descobrir o mundo que os cerca. Eles parecem particularmente interessados nas propriedades físicas dos objetos, testando-os com todos os seus sentidos. O que acontece de 12 a 18 meses?
Os bebês também mergulham nos mistérios do próprio corpo. Engajam-se em desafios complicados e, numa insistência brincante, vencem obstáculos e adquirem novas habilidades a cada dia.
Por volta dos 12 meses, estão percorrendo a jornada da fala. Ouvem quem conversa com eles e criam combinações de sons buscando serem compreendidos. Em nenhuma fase da vida do ser humano a atividade cerebral é tão intensa! Pais, familiares e professores, cuidadores desses pequenos e incríveis seres humanos têm o privilégio de presenciar conquistas geniais.
Nessa postagem, os bebês já estão com idade entre 12 e 18 meses. Por meio de Quadros Facilitadores, você poderá conhecer aspectos importantes do desenvolvimento infantil e obter dicas para observar, registrar e planejar um trabalho pedagógico adequado e qualificado.
Palavra de… Claudia Siqueira: um projeto que escuta as crianças
– Sabia que tem coisas que só as crianças sabem? Pedro Henrique 5 anos.
– Vem comigo, vamos descobrir a felicidade atrás das flores. Ela mora lá. Fernanda, 4 anos.
Conversamos com Claudia Siqueira, diretora do Colégio Sidarta, sobre o projeto Impressões Infantis, que valoriza a escuta e o registro da voz da criança.
Tempo de Creche – Como surgiu o projeto Impressões Infantis com o registro das falas das crianças em casa e na escola?
Claudia – O projeto foi inspirado na pesquisa de Loris Malaguzzi, sobre a escuta genuína ao universo infantil, ou seja, como a criança constrói sua visão de Mundo. Loris foi um dos idealizadores das escolas Reggianas. Iniciamos esse projeto em 2008 e, portanto, já estamos na 8a edição.
Quando temos a oportunidade de revisitar a nossa história, seja através dos desenhos de infância, dos primeiros cadernos ou de roupas guardadas em belas caixas, ganhamos uma espécie de oxigênio mágico, que traz lágrimas aos olhos, o sorriso escancarado à boca e abraços saudosos, impregnados de lembranças de momentos de nossas vidas que dão significado ao que somos hoje.
Chita, Festa Junina e um kit para brincadeiras
É alegria! É festa!
Crianças adoram brincar com tecidos. Pedaços grandes, pequenos, estampados e coloridos se transformam em capas de super-heróis, vestidos encantados, tendas e casinhas de faz de conta. Para as crianças menores, desvendar as texturas, cores, extensões e coordenar os movimentos para dominar esse material misteriosamente molinho e resistente, representam um prato cheio de pesquisas e diversão.
Que tal proporcionar uma semana de brincadeiras com tecidos para sua turma? E se, nesse período de Festa Junina, os tecidos escolhidos para a brincadeira fossem as chitas, tão brasileiras e típicas?
Na hora de preparar a festa, é possível aproveitá-las na decoração e apresentar para as crianças novos usos e significados do material.
Com as festas juninas se aproximando, as escolas começam a aquecer os motores com o planejamento do evento e das propostas para trabalhar esse festejo típico com as crianças.
É bom notar que os pequenos, até 3 ou 4 anos de idade, estão construindo sua história e as relações com a comemoração. Assim, é fundamental aproveitar conteúdos dessa data que tenham significado para cada criança:
Viradinha Cultural em São Paulo: Palavra Cantada
Fim de semana agitado!
Quem não conhece o refrão O que tem na sopa do neném? do grupo Palavra Cantada? Quer ouvir ao vivo essa e outras músicas com Sandra Peres e Paulo Tatit?
O show Palavra Cantada 20 anos para a plateia externa do auditório é recheado de brincadeiras e canções para crianças e pais. A dupla relembra a sua trajetória apresentando as principais canções produzidas durante essas duas décadas, como os hits Sopa, Bolacha de Água e Sal e Vem Dançar com a Gente, além de músicas inéditas.
Avaliação PARA a aprendizagem e não DA aprendizagem
O Jornal O Estado de São Paulo (16/05/2016) publicou uma matéria sobre Educação Infantil que mexeu conosco: “Sem boletim, ensino infantil ganha relatório – na falta de provas, escolas investem em avaliar detalhadamente como se dá o desenvolvimento das habilidades cognitivas das crianças”.
A gente se perguntou:
Qual a concepção de infância que permeia essa abordagem de avaliação?
O que se espera do desenvolvimento infantil no âmbito das escolas, numa era marcada pelos estudos das múltiplas inteligências de Howard Gardner?
Segundo a reportagem do jornal, algumas escolas vêm investindo na elaboração de instrumentos detalhados para avaliar as habilidades e comportamentos das crianças. Questões como reconhecer as letras do próprio nome, contar de 1 a 10, colocar e abotoar o casaco, amarrar os cadarços do sapato e aguardar a vez numa situação social são foco desses relatórios que abordam o desenvolvimento infantil.
A fase da primeira infância, tão pautada pelo contexto familiar e cultural da criança, pela incrível capacidade de pesquisa e pela transversalidade da aprendizagem traz surpresa ao ser tratada de forma unificada, com instrumentos como os citados na reportagem.
Atividade para bebês: almofadas sensoriais
Na nossa série de postagens sobre Neurociências e desenvolvimento infantil os bebês chegaram aos 6 meses e caminham para o primeiro ano de vida. Isso significa muita conquista! (leia em Neurociência, aprendizagem e desenvolvimento infantil – 6 a 12 meses).
Na primeira infância os pequenos desenvolvem conexões nervosas num ritmo tão acelerado que a capacidade de aprendizagem de novos comportamentos nunca será tão potente e intensa. Como ajudar os bebês de 6 a 12 meses a continuarem seu crescimento? Propomos um brinquedo acessível, amplo e fácil de ser construído para provocar, instigar e contribuir com a pesquisa intelectual, motora e das interações: as almofadas sensoriais.
Ao conhecer os estudos e as teorias sobre o desenvolvimento das crianças bem pequenas, temos a oportunidade de olhar com compreensão para aquilo que planejamos e oferecemos para a turma. Até aqui nossos pequenos já aprenderam muito. Percorreram uma jornada significativa de conquistas especialmente singulares. É a partir dos conhecimentos teóricos e das observações individuais e coletivas das crianças que o educador tem as ‘ferramentas’ para escolher propostas mais apropriadas e planejar sua ação.
Que tal construir brinquedos de largo alcance, divertidos e desafiadores, para instigar os bebês a pesquisar, descobrir, crescer? E dar oportunidades valiosas para você observar e interagir com seus pequenos, contribuindo com as aprendizagens.
Oficinas para crianças com artistas de verdade?
Contato com a arte e os artistas Informação Experimentação e aprendizagem andando juntos! Esta é a proposta do MASP – Museu de Arte de São Paulo
Aos sábados e domingos, o museu oferece uma grande oportunidade de se relacionar com as ideias e a produção de artistas contemporâneos, em oficinas gratuitas para crianças de 5 a 8 anos. Entre os artistas visuais que receberam o convite para conduzirem as oficinas com as crianças estão Rivane Neuenschwander, Paulo Nazaterh, Beatriz Milhazes, e outros. A “relação entre o MASP, as crianças e suas formas de expressão é pioneira no Brasil e remonta aos anos iniciais do museu, fundado em 2 de outubro de 1947, destaca o curador Fernando Oliva.
Neurociência, aprendizagem e desenvolvimento infantil – 6 a 12 meses
Os bebês são sensíveis às emoções e desde muito cedo são capazes de se expressar…
Os bebês aprendem, essencialmente, imitando os adultos e crianças com as quais convivem.
Os bebês praticam seus aprendizados testando e repetindo as ações e movimento muitas vezes.
Como o professor pode ensinar os bebês e crianças pequenas a partir dessa informação?
Nesta segunda postagem da série Neurociência, aprendizagem e desenvolvimento infantil abordamos a fase dos bebês de 6 a 12 meses.
À medida que o bebê cresce e desenvolve a sua musculatura, exercita seus movimentos, vai ganhando controle sobre o próprio corpo, passando de gestos bruscos, “meio estabanados” a movimentos refinados, controlados e com intenção determinada.
Segunda versão da Base Curricular (BNCC): pilares para pensar a prática
Saiu a segunda versão preliminar da Base Nacional Comum Curricular. E gostamos do novo formato! Está ótimo para refletir sobre a nossa prática. Baixe o documento: MEC BNCC versao2 abr2016
A linguagem está acessível e direta, em consonância com as crenças formativas do Tempo de Creche!
Existe um entrelaçamento mais claro e objetivo nesta proposta da Base Curricular com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil.
A prática, mesmo que do ponto de vista conceitual da ação pedagógica, também foi mais contemplada.
Atividades para bebês: Caixas Temáticas
Oferecemos uma grande quantidade de informações sobre Neurociência e desenvolvimento de bebês de 2 a 6 meses na postagem Neurociência, aprendizagem e desenvolvimento infantil – 2 a 6 meses . Abordamos:
- como os bebês conhecem e aprendem sobre o mundo,
- como interagem e se expressam e
- como se relacionar com eles para conhecê-los e trabalhar no seu desenvolvimento
E agora? O que fazer com essas ideias?
O desafio do educador é estar preparado para ir ao encontro dos interesses do bebê na sua singularidade. Nesse sentido, precisamos perceber os pequenos, registrar seus percursos e arranjar tempo para fazer tudo isso com qualidade na correria da rotina
Desse modo, os conteúdos da Neurociência servem como referência para conhecer os bebês do grupo e como orientação para a escolha, organização dos espaços, materiais e elaboração de propostas adequadas.