Se é brincadeira, é livre!
Existe “brincadeira dirigida”?
É comum ouvirmos professores comentado sobre os momentos da rotina em que promovem “brincadeiras dirigidas” ou “brincadeiras livres”. Ambas colocações levam a interpretações não adequadas a respeito da brincadeira na escola.
Afinal, como são pensados essas tais momentos de “brincadeira”?
Mandalas para inspirar as férias
O universo é composto por formas.
As crianças são sensíveis a essas formas e ficam intrigadas com a regularidade das margaridas, com as nervuras das folhas e com a imprevisibilidade das pedras encontradas pelo caminho. Algumas são harmoniosas e pertencem à cultura de diversos povos. As mandalas são um exemplo da manifestação de um universo estético que atravessa a história da humanidade. Mandalas são composições quase instintivas, construídas com naturalidade pelas crianças.
Que tal aproveitar as férias, experimentar trazer as mandalas para as crianças e acompanhar os percursos do grupo ao se inspirar nessa estética milenar?
Organização de atividades: garantia de brincadeira e aprendizado
Como a organização de atividades evita atropelos? Como mediar para oportunizar experiências e aprendizados e garantir a brincadeira?
Planejamentos ampliados com atividades que se transformam
Será que as crianças precisam experimentar coisas novas todos os dias?
Por que muitos professores entendem que atividades só são interessantes quando os materiais e as técnicas são inéditas? Planejamentos ampliados que partem de um mesmo tema podem interessar os pequenos?
Cruzamos com professores esforçados e dedicados, que às vezes passam noites e finais de semana preparando planejamentos, construindo brinquedos e até ensaiando teatrinhos para surpreender, entreter e divertir as crianças.
Educar crianças pequenas é isso?
Para provocar curiosidade, favorecer experiências e promover aprendizagens é necessário inovar a cada proposta?
A resposta é NÃO para todas as perguntas!
Crianças estendem e ampliam suas aprendizagens quando experimentam desdobramentos daquilo que já conhecem.
Não é diferente de nós, adultos.
Imagine uma situação em que vamos aprender a fazer tricô. Começamos com um ponto básico. Praticamos com uma linha simples para pegar o jeito. Melhoramos a habilidade e aprendemos sobre o processo básico.
O primeiro trabalho fica pronto! Admiramos a nossa produção, avaliamos e partimos para outro projeto.
Trocamos as cores e o tipo de lã. Produzimos um novo trabalho.
Aí continuamos na brincadeira mas arriscamos experimentar outros tipos de pontos e de agulhas.
O que aconteceria se logo depois do primeiro trabalho partíssemos para o crochê?
Qual seria a profundidade da pesquisa do tricô e do crochê?