Planejamentos ampliados com atividades que se transformam
Será que as crianças precisam experimentar coisas novas todos os dias?
Por que muitos professores entendem que atividades só são interessantes quando os materiais e as técnicas são inéditas? Planejamentos ampliados que partem de um mesmo tema podem interessar os pequenos?
Cruzamos com professores esforçados e dedicados, que às vezes passam noites e finais de semana preparando planejamentos, construindo brinquedos e até ensaiando teatrinhos para surpreender, entreter e divertir as crianças.
Educar crianças pequenas é isso?
Para provocar curiosidade, favorecer experiências e promover aprendizagens é necessário inovar a cada proposta?
A resposta é NÃO para todas as perguntas!
Crianças estendem e ampliam suas aprendizagens quando experimentam desdobramentos daquilo que já conhecem.
Não é diferente de nós, adultos.
Imagine uma situação em que vamos aprender a fazer tricô. Começamos com um ponto básico. Praticamos com uma linha simples para pegar o jeito. Melhoramos a habilidade e aprendemos sobre o processo básico.
O primeiro trabalho fica pronto! Admiramos a nossa produção, avaliamos e partimos para outro projeto.
Trocamos as cores e o tipo de lã. Produzimos um novo trabalho.
Aí continuamos na brincadeira mas arriscamos experimentar outros tipos de pontos e de agulhas.
O que aconteceria se logo depois do primeiro trabalho partíssemos para o crochê?
Qual seria a profundidade da pesquisa do tricô e do crochê?
Campos de Experiência: Linguagens da Arte em Educação Infantil
Qual a importância das linguagens da Arte em Educação Infantil?
É inegável que as linguagens da Arte ajudam a ver e compreender a realidade, a conhecer o mundo e a conhecer-se. Decorre, daí, a sua importância na educação e no cotidiano de todas as pessoas, de qualquer faixa etária e qualquer ambiente.
A linguagem da Arte exercita e amplia a aprendizagem das formas de expressão com o desvelar de uma riqueza de sentimentos e percepções, relações e possibilidades.
A oficina de artes permite às crianças expressarem suas emoções e realidades e, no percurso, conhecerem o mundo e a si mesmas.
Eu não estou buscando, eu estou descobrindo.
Picasso.
Palavra de… Magda Soares: criança e a reinvenção da escrita
Na segunda postagem da conversa com a educadora e estudiosa Magda Soares, pesquisadora de alfabetização e letramento, enfocamos os processos da criança ao desenvolver suas habilidades de comunicação e a construção da parceria com as famílias durante o letramento e o início da alfabetização. Para Magda, a criança imersa na cultura da escrita naturalmente se interessa por ela e repete, de certa forma, a trajetória criativa da humanidade na sua invenção, usos e práticas.
Antes de mergulhar em mais um texto esclarecedor e inspirador, Magda compartilha uma observação que vem fazendo ao longo dos seus anos de trabalho com crianças pequenas: a criança quer compreender o mundo que a circunda, e quer que a esclareçam sobre esse mundo circundante. Quando se pergunta a uma criança prestes a entrar em instituição de Educação Infantil “por que você quer ir para a escolinha?”, a resposta é quase sempre “para aprender a ler”, raramente a resposta é “para brincar”.
Parte 1: Letramento ou alfabetização? Os dois!
Parte 2: Crianças e a reinvenção da escrita
Crianças e a reinvenção da escrita
Tempo de Creche – Alguns estudos ressaltam a importância da criatividade das crianças pequenas quando começam a se apropriar do código linguístico. Outros estudos colocam que a criança pequena começa a se comunicar por meio de imagens e que esse percurso se perde quando elas iniciam a alfabetização e o uso das palavras escritas. Como você vê estas questões?
Magda – Inicialmente, proponho substituirmos “código” por “representação”, pois os sons da língua não são “codificados” em letras, mas “representados” por letras, e isso resulta em significativa diferença na compreensão dos processos da criança e, em decorrência, em sua orientação.
Também proponho não nos restringirmos à apropriação do sistema de representação alfabético, mas, mais amplamente, à inserção plena da criança na cultura do escrito: inserção no letramento, considerando a alfabetização um dos componentes do letramento (como disse na primeira postagem Palavra de… Magda Soares: a linguagem escrita na infância, alfabetização e letramento são interdependentes e indissociáveis).
Palavra de… Magda Soares: a linguagem escrita na infância
O homem começou sua viagem na escrita quando a inventou há mais de 5000 anos. De lá pra cá tudo mudou: nosso pensamento ficou mais complexo, conseguimos registrar as trajetórias e acontecimentos da vida e a comunicação ganhou fronteiras e conquistou o tempo. É com grande prazer que o Tempo de Creche conversou com a educadora e estudiosa Magda Soares, pesquisadora de alfabetização e letramento que, em duas postagens nos conta como a criança percebe o universo da linguagem escrita, o que é alfabetização, o que é letramento e o que precisamos fazer para trabalhar esses processos.
Parte 1: Letramento ou alfabetização? Os dois!
Parte 2: Crianças e a reinvenção da escrita
Letramento ou alfabetização? Os dois!
Tempo de Creche – Qual é a diferença entre alfabetização e letramento?
Mostra na Escola Primeira: trabalho a partir de projetos
Muitos educadores têm experimentado e reconhecido o valor de trabalhar a partir de projetos na educação infantil. São temas e pesquisas que nascem dos interesses dos pequenos, das situações do cotidiano e do olhar apurado dos professores que pegam “ganchos” nas oportunidades significativas.
No entanto, apesar da crença, muitos profissionais tem dúvidas sobre as situações que representam oportunidades frutíferas e como provocar os pequenos para construir investigação e experimentação.
Casos práticos do trabalho com projetos
Na VI Mostra Cultural 2016 – Mãos, a equipe da Escola Primeira contou muitas histórias de crianças, professores e atelieristas que mergulharam em aventuras de experimentar, descobrir, expressar e aprender.
Visitamos mostras de todos os grupos, com os percursos e produções organizados pelas professoras e atelieristas. São processos intensos, construídos e vividos por meses, narrados por meio de registros de texto, imagens e produções. A exposição revelou os temas e pesquisas mais aprofundados. Porém, é importante lembrar que estes temas não são suficientes para abrigar todo o potencial de interesse, exploração e aprendizagem das crianças. O olhar do professor para transformar os pequenos acontecimentos significativos do dia a dia em provocações complementa as possibilidades de desenvolvimento da turma. Nesta postagem apresentamos com detalhes o trabalho desenvolvido pela professora Talita Freitas e pela auxiliar Aline Oliveira, num relato que se inicia com a identificação da oportunidade.
Trabalhando a identidade a partir da rua da escola
Crianças pequenas compreendem essa dimensão da cultura? É possível desenvolver com elas o reconhecimento e a valorização da comunidade em que vivem? Até que ponto podemos avançar com esse trabalho profundo que também constrói a identidade?
Todos os bairros, comunidades e cidades tem uma história que muitas vezes são preservadas pelos moradores mais antigos. Você sabe a história do bairro onde está instalada a escola em que trabalha? Você já se perguntou por que o bairro tem esse nome? E a rua?
Afinal, que mundo é este?
Conhecer o lugar e trabalhar a cultura local é uma forma de resgatar um pouquinho da história de cada um de seus alunos, mas para isto você tem que se preparar.
Pauta do Olhar: os campos de experiências e a singularidade
Refletir, repensar os mesmos assuntos e enfatizar alguns aspectos para orientar uma prática pedagógica que garanta sempre as vias de mão dupla. Paulo Freire afirmava que quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. O que estamos aprendendo no momento em que estamos ensinando? Estamos ensinando prevendo respostas certas? Ou estamos ensinando de forma aberta, concedendo tempo e liberdade para as crianças expressarem seus modos singulares de se desenvolver?
Nesse sentido, achamos que somos chatas e repetitivas porque estamos retomando os Campos de Experiências e a forma como foram abordados os desenvolvimentos das crianças pequenas na 2a versão da BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
O Tempo de Creche acredita na importância e necessidade de ampliar o repertório dos seus educadores-leitores, respeitando e balizando os conteúdos pelas diretrizes e documentos nacionais do MEC. Mas não podemos valorizar aquilo que parece fugir do razoável! Assim, não concordamos com a forma como os campos de experiências da segunda versão foram estruturados.
Crianças e histórias infantis. Aprendem? Como e por quê?
Com o início do semestre temos uma ótima oportunidade de fazer uma revisão nos materiais de utilização constante pelas crianças como os livros da biblioteca. É parte do processo de introdução ou ampliação dos temas de interesse das crianças a seleção de livros que ficarão à disposição dos pequenos durante certo período. É o fortalecimento da relação crianças e histórias.
Mas como escolher? Histórias fantásticas, de animais ou descrições da realidade?
Pesquisadoras Caren M. Walker, Alison Gopnik [da Universidade da Califórnia, Berkeley] e Patricia A. Ganea [da Universidade de Toronto], em estudo recente publicado no periódico científico Child Development, enfatizam a importância das diferentes oportunidades para as crianças de aprenderem informações que elas não podem experimentar diretamente – especialmente no que diz respeito a fenômenos não observáveis, por meio da leitura de ficção.
Sabemos que as histórias nos ajudam, desde muito cedo, a compreender o mundo que nos cerca, mas como isso funciona? É também assim que as crianças aprendem com as histórias infantis? Mas como e por quê?
Tempo de creche presenteia com duas formações!
Para comemorar a marca de 1 milhão de acessos, Tempo de Creche quer encontrar leitores de duas instituições de perto. Para isso oferece gratuitamente duas formações.
São duas opções de formação:
Registrar, refletir, documentar e planejar: um círculo virtuoso
Curadoria educativa: o que queremos contar para as crianças, as famílias e nossos colegas de equipe?
⊗ Instruções para concorrer:
1- Basta cadastrar 10 pessoas da sua instituição na página inicial do Tempo de Creche (é gratuito!).
Para cadastrar os e-mails, utilize o campo na lateral direita do blog, no topo da página.
ATENÇÃO: depois de cadastrar o e-mail, o blog enviará uma mensagem de confirmação para o endereço cadastrado. Somente depois de confirmar o cadastramento na mensagem recebida é que o cadastro será efetivado. Lembre suas colegas inscritas para abrirem seus e-mails e confirmarem o cadastro!
2- Enviar até às 22h do dia 29/06/2016 a relação de e-mails cadastrados, a opção de formação escolhida e os dados da instituição e do responsável para [email protected]
3- Aguardar o sorteio no dia 30/06, realizado na presença de um comitê.
4- A divulgação acontecerá no dia 1o/07, torça e se prepare para acertar os detalhes com a equipe Tempo de Creche!
⊗ Requisitos para participar: