Coordenação e Gestão

BNCVocê conhece e utiliza os documentos referenciais e orientações curriculares na sua prática? Já ouviu falar da Base Nacional Comum Curricular?

O PNE – Plano Nacional de Educação prevê a elaboração de (mais!) um documento orientador para as práticas da escola: a Base Nacional Comum Curricular, em processo de tramitação no congresso.

Nesse documento, profissionais especialistas e interferências da sociedade pretendem construir coletivamente os “direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos”.

O material foi elaborado com uma dinâmica fácil de ser percebida: 6 direitos de aprendizagem na Educação Infantil são reconhecidos como objetivos de aprendizagem a serem implementados em 5 campos de experiência. Nessa abordagem o professor tem 30 dimensões a serem trabalhadas com as crianças de 0 a 6 anos. Veja a tabela abaixo.

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Uma leitora do Tempo de Creche ficou com dúvida ao ler a postagem Vivências, experiências e os tempos da criança: na creche podemos falar em momento de sono ou de descanso, livre ou obrigatório? “Percebo que na minha creche as crianças parecem não querer dormir, no entanto não encontro um teórico que fundamente a obrigatoriedade do sono.”

criança na hora do sonoCrianças chegam à escola com sua singularidade e os hábitos que trazem de casa. Forçar um momento de dormir não é natural e nem apropriado se os pequenos não querem e não tem o hábito.

A quantidade de sono varia em função da idade das crianças. Bebês até 4 ou 5 meses de vida costumam dormir em torno de 16 horas por dia. Para eles é importante dispor de berços. Quando começam a engatinhar é hora de ir para o chão! Por meio de uma fase de adaptação, esses pequenos podem começar a experimentar o sono ou descanso no colchonete porque podem ter a liberdade de sair sozinhos assim que despertam.

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Crianças pequenas pensam diferente.
Esse fato deve guiar a maneira como nos relacionamos com elas e como pensamos junto com as famílias os jeitos de cuidar e educar.
engrossadores de cabos Tecnologia AssistivaAs crianças pequenas estão crescendo e amadurecendo. Assim também amadurece seu sistema nervoso e o cérebro. Até os dois anos de idade, esse processo é tão potente que em nenhum outro momento da vida o cérebro será tão ansioso por aprender. E isso não é apenas uma crença ou uma hipótese. Muitos neurocientistas mapearam as funções cerebrais dos pequenos e descobriram que esse desejo de conhecer e aprender o mundo que os cerca é um impulso fisiológico que os comanda 24 horas do dia e sete dias por semana.
As conquistas a cada etapa desse amadurecimento fisiológico e emocional já foram identificadas por vários estudiosos, como Piaget e, hoje, são explicadas pela neurociência.
O que fazemos com as crianças na creche e em casa é compreendido por elas mesmas como uma sequência de ações sem a diferenciação de contexto, vivendo o dia como uma continuidade. Não existe ocorrência de um ritmo de desenvolvimento desconectado: escola e família são ambientes inteiramente ligados nas pequenas cabeças pensantes. Assim, questões de aprendizagem que se refletem nos dois ambientes precisam ser pensadas e trabalhadas em conjunto.

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Como agir com crianças com febre? E os resfriados que parecem nunca dar trégua? Como lidar com a questão das convulsões febris? Essas e outras dicas preciosas de saúde na creche são abordadas pela professora de enfermagem Cecília Sigaud.
Cecília Helena Siqueira Sigaud é professora da área de Saúde da Criança, do Departamento de Enfermagem da USP, SP. Ela desenvolve um trabalho de aproximadamente 15 anos no estudo das questões da saúde nos ambientes de creche e Educação Infantil e capacitação de profissionais destes serviços. 

assoar nariz creche

Cecilia constrói seu trabalho a partir da crença de que crianças são seres únicos, competentes e que possuem direitos. Assume algumas premissas: é na primeira infância que se inicia a formação dos hábitos diários de vida. As crianças passam muitas horas de seu dia nas instituições de educação infantil, que são responsáveis pela formação das crianças jovens, compreendendo indissociavelmente o cuidado e a educação. Assim, entende que as instituições de educação infantil se constituem em espaços privilegiados para contribuir para formação de hábitos diários adequados.

Balão-Dúvida-pO que é saúde?
Saúde é um meio para se viver melhor. Não é uma meta, ou um objetivo em si mesmo a ser perseguido! As pessoas não tem como objetivo de vida alcançar uma boa saúde. As pessoas buscam a saúde como forma de alcançar seus projetos de vida. A saúde não acontece nas nossas vidas somente nos serviços de saúde, ela acontece em todos os espaços onde vivemos, como a casa, a escola, o local de trabalho. Assim, a saúde tem a ver com a maneira como a gente vive. E, nesse aspecto, a creche tem uma importância muito grande na vida e saúde das suas crianças.
A creche, como ambiente de vida, tem sob o seu teto a saúde das crianças e de seus funcionários. A saúde das crianças também depende dos grupos familiares que, por sua vez, têm suas maneiras próprias de viver e demandas. Tais considerações nos levam a uma reflexão maior quando desejamos compreender melhor as crianças que cuidamos nas instituições de educação infantil :

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Foto Maria Alice ProençaPara Maria Alice de Rezende Proença, doutora em Educação, o estabelecimento de uma cultura de registro coletivo transforma o dia-a-dia em aprendizado e contribui para a construção pessoal de cada membro da equipe. Um caminho constituído a partir da prática frequente de agir, registrar, refletir e agir novamente com a clareza da intenção da ação docente para promover aprendizagens cada vez mais significativas.

Um mapa como síntese para todo o trabalho:

Mapa de Rede - Alice Proemça Tempo de Creche – Qual a importância da história pessoal para o trabalho dos educadores da Educação Infantil? Como construir este sentimento de pertencimento?

Alice – Para entrar em qualquer tipo de trans-formação, o sujeito tem que primeiro partir de uma história pessoal. Essa narrativa é que vai dando para o sujeito a possibilidade de tomar consciência do seu percurso.

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entrevista UNIEPREEm 2014 falamos sobre a importância e a relevância de visitar outras creches e espaços de Educação (Visitar outras creches: valioso recurso de trocas e reflexão). Uma experiência que traz recursos para repensar a nossa ação e crescer. Dessa vez visitamos uma creche – ou centro de Educação Infantil – gerida pela UNIEPRE. Aprendemos muitas lições que compartilhamos aqui!

 

UNIEPRE logoA UNIEPRE é uma instituição de Educação Infantil que implanta e faz a gestão de creches e pré-escolas dentro de empresas, como benefício para os funcionários. Nossa visita aconteceu na unidade da indústria de medicamentos Aché Laboratórios.

Flávia Vasconcellos Gusmão (diretora) e Sheilla André Carlos da Silva (coordenadora da unidade) nos receberam, mostraram a estrutura, o trabalho pedagógico, o olhar apurado para a gestão da saúde e a sabedoria de acolher e compartilhar a educação com as famílias.

UNIEPRE sala para mãesAs mães das crianças da UNIEPRE podem visitar seus filhos a qualquer momento e sem hora marcada. Isso atrapalha o andamento da rotina? Não e sim! NÃO, porque a mãe, se quiser, pode “espiar” seu filho ou se integrar nas atividades, respeitando o interesse da criança no seu momento. E SIM, porque existe uma estrutura que recebe a mãe que quer passar um tempo com sua criança e concede um espaço organizado com livros, jogos e poltronas para que o momento aconteça gostoso, de forma proveitosa para os dois.

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brincadeira com areiaHá muitas dúvidas sobre as vantagens e os riscos das brincadeiras nos tanques de areia. Os benefícios compensam? Vale a pena? Existem alternativas?

Conversamos com a Flavia Vasconcellos Gusmão, sócia e diretora da UNIEPRE, uma instituição de Educação Infantil que implanta e faz a gestão de creches e pré-escolas dentro de empresas. O trabalho que conhecemos na indústria farmacêutica Aché Laboratórios foi UNIEPRE logoinspirador! Além da visita e da conversa acolhedora, Flavia compartilhou com o Tempo de Creche seu material de formação sobre TANQUES DE AREIA, direcionado a todos os funcionários das unidades da UNIEPRE.

BALDES, PÁS, AREIA E ÁGUA: elementos para o jogo simbólico

Baseado no conteúdo elaborado por Flavia Vasconcellos Gusmão – UNIEPRE

A areia é um elemento da natureza, mas a experiência com esse material ainda é pouco incentivada na Educação Infantil. É uma prática que deve ser incorporada no dia a dia com as crianças, com planejamento, liberdade de vivência, criatividade e segurança.

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Na primeira parte desta postagem (Reuniões, Paradas Pedagógicas, Encontros: tem jeito de ser agradável e produtivo? – PARTE 1) abordamos o levantamento do conteúdo a ser levado para as reuniões e encontros. Agora a proposta é pensar sobre como fazer estes encontros acontecerem: como caber tanto assunto nas horas disponíveis? Como dar conta da organização? Como valorizar e incentivar a participação e o engajamento de todos?

Reuniões Encontros Paradas Aquecimento Nossa experiência como formadoras, que mergulham na realização de workshops formativos, pode contribuir com algumas dicas.

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Reuniões Encontros Paradas

Alguns coordenadores e diretores têm pesadelo quando estes encontros se aproximam! Tudo é questão de preocupação porque, com uma rotina que não prevê e viabiliza reuniões frequentes entre a equipe pedagógica, aproveitar estes raros momentos traz uma obrigação de estimular boas discussões sobre todos os assuntos e ainda acertar o passo da equipe para o próximo período.

É muita pressão! Especialmente porque planejaremos e coordenaremos um encontro entre… pessoas! Pessoas que querem conversar, que querem saber, que querem discutir, argumentar, mostrar, prestar contas, apontar discordâncias, brincar, tomar café, falar sobre filhos, maridos, namorados, a compra no shopping … enfim, uma reunião normal de pessoas que convivem e que tem diante de si um dia mais tranquilo, sem as crianças e com perspectivas de também buscar conteúdos e acertos de rota.

Expectativas daqui e dali, o coordenador tem responsabilidade de pensar sobre os anseios de todas as partes, levantar as questões que precisam ser abordadas, planejar, organizar e conduzir os trabalhos desse dia. Como fazer TUDO isso, de forma acertada?

Que tal continuar com reflexões e seguir um roteiro para encaminhamentos?

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As pedagogas Tânia Fulkemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. Neste último capítulo, as autoras aprofundam algumas das ações das escolas com as famílias para promover o diálogo e construir relações e vínculo: encontros culturais e festivos.

7.  ENCONTROS CULTURAIS E FESTIVOS

Festa junina

A participação dos pais precisa ser planejada para construção de uma comunidade educadora, que é parceira e divide funções, guardando as respectivas autonomias e fronteiras.

Festejar é preciso e o convite da escola para festas e eventos precisam constar do calendário da escola a ser enviado às famílias no início de cada ano. Não devem ser excessivas nem poucas demais, mas guardar um certo equilíbrio, para não exagerar no número de vezes que chamamos os pais à escola.

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