Palavra de especialista

A educadora e formadora Mariana Americano escreveu este artigo esclarecedor para o Tempo de Creche, sobre cantos de brincadeiras: Como entender os espaços de brincadeira nas rotinas da Educação infantil? Permanentes ou variáveis: o que pensar sobre isso? O que levar em conta ao organizar os espaços para brincar? Leia o texto e aproveite para se inspirar nas fotos especialmente selecionadas pela autora 😉 É na escola, local em que passam tantas horas do dia, que as crianças começam a conhecer o mundo para além de suas relações familiares: aprendem sobre conviver, se respeitar, pertencer e desenvolver autonomia. O espaço escolar bem planejado é um recurso valioso para contribuir com estas conquistas. Cada um de nós desenvolve uma relação específica com os espaços que frequenta. E, por sua vez, essas relações são influenciadas pelas conexões que estabelecemos com nossas experiências anteriores, com os nossos sentidos e percepções. Segundo o arquiteto…

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Quais são as brincadeiras de origem africana brincadas no Brasil e nos países africanos de língua portuguesa?   Um grupo de pesquisadores se interessou pelo tema e nos presenteou com o Catálogo de jogos e brincadeiras africanas e afro-brasileiras, um linda publicação gratuita, que reúne brincadeiras tradicionais do Brasil, de Angola , de Cabo Verde, da Guiné-Bissau, de Moçambique e de São Tomé e Príncipe.As organizadoras do e-book (livro digital) são Helen Pinto, Luciana Soares da Silva e Míghian Danae. O autor das ilustrações (um deleite para os olhos!) é  Rodrigo Andrade. Participaram do levantamento das brincadeiras: Pedro Nguvu (Angola), Luliane Sousa (Brasil), Jacica Fernandes (Cabo Verde), Yacine Tavares (Guiné-Bissau), José Maye (Guiné Equatorial), Hercinia Wasse (Moçambique), Quezia Miranda (São Tomé e Príncipe). A editora, que realizou o trabalho primoroso de edição do livro é a Aziza, que aliás, possui diversas publicações de literatura infantil africana para contar – bem…

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Conversamos com Uxa Xavier, artista, educadora em dança e diretora do grupo Lagartixa na Janela que pesquisa o território de criação e pedagogia em dança contemporânea para crianças. Depois de 30 anos trabalhando com crianças em sala, Uxa decidiu que os espaços poderiam se alargar e ela foi encontrar a dança das crianças nas ruas, praças e espaços públicos em geral. Com o grupo Lagartixa na Janela, desenvolveu projetos e estratégias para provocar e valorizar a poesia corporal das crianças, em diálogo com a cidade. A conversa com a Uxa nos levou a pensar sobre a postura convidativa do professor, que desafia e escuta a criança; nos tempos de espera na pandemia e na rotina da escola, além da importância da escola abrir-se para a cidade, como ambiente de pesquisa, arte, cultura e educação. Assista o VÍDEO e entre no site do Lagartixa na Janela para conhecer os projetos, vídeos…

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Afinal, o que é a “estética” citada nas Diretrizes Curriculares? E a “estética” mencionada no campo de experiências Traços, sons, cores e formas da BNCC? Conversamos com a artista, educadora e atelierista JulliPop sobre estética, arte e busca de repertório artístico na educação infantil. Assista o VÍDEO e leia a postagem!   Tempo de Creche – Julli, como entender a estética e a relação da criança com a arte no universo pedagógico da Educação Infantil? JulliPop – A criança é afetada pelo mundo, entregando-se a ele sem amarras. Assim, ao escutar uma história, apreciar um trabalho de arte contemporânea, assistir um vídeo, ver uma peça de teatro etc., ela entra despida na experiência. Arte e brincadeira tem uma relação aproximada, e todas as experiências acontecem de forma conjugada, inclusive as experiências dos campos de experiências da BNCC. Eu entendo que cada linguagem tem especificidades – arte, oralidade, literatura, matemática etc.…

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“Uma volta sem pressa”, este foi o lema da Escola do Bairro que manteve ativas suas atividades presenciais desde setembro de 2020. Como fizeram isso sem que a Covid-19 contaminasse a comunidade? Gisela Wajskop, diretora e fundadora da escola, conversou conosco e compartilhou tudo o que sua equipe, as famílias e as crianças construíram e experimentaram ao longo dos últimos seis meses de pandemia.

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Ao planejar um trabalho voltado às artes visuais, muitos professores utilizam a “releitura”. Mas o que dizem os especialistas em arte-educação sobre isso? E mais, você sabe o que é fazer uma releitura de obra de arte?

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É hora da volta das atividades presenciais da educação infantil? Veja a opinião da infectologista Dra. Adriana, e conheça as sugestões para minimizar os riscos de contágio.

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A importância e a transversalidade da escuta no processo de ensino-aprendizagem: escola que escuta família; coordenador que escuta professor; professor que escuta criança.

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Durante muito tempo a brincadeira foi vista como um “divertimento sem consequências” na vida das crianças. Hoje é reconhecida como linguagem e meio para que a criança aprenda, conheça e se desenvolva. Contudo, ainda desperta dúvidas…  como deve ser a participação do professor nos momentos de brincadeira? Como o contexto dialoga com o brincar? O desenvolvimento da linguagem e a brincadeira têm algo em comum?

Tempo de Creche conversou sobre essas questões com Shelley S. Peterson, professora e pesquisadora da Universidade de Toronto e do OISE – Instituto de Estudos de Educação de Ontário – um dos expoentes da pesquisa da educação infantil. A visita da Professora Shelley ao Brasil foi promovida pelo I Colóquio Internacional Escola do Bairro, a convite da Gisela Wajskop. 

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Lucila da Silva Almeida, parceira do Tempo de Creche e coautora do livro Práticas Comentadas para Inspirar, faz um desabafo de formadora: será que o EVA veio para substituir o ultrapassado papel crepom?

Reflexões e questionamentos da Lucila para os leitores do Tempo de Creche:

Já faz um tempo que me incomodo com o excesso de “decorações” feitas de E.V.A. observadas em muitas das instituições de educação que frequento, Educação infantil e Ensino Fundamental.

São enfeites que ocupam todos os espaços: banheiros, murais de aviso, murais coletivos, títulos de cartazes (como nos quadro de nomes), calendário, tabela de números ou  abecedários, cantinhos de leitura. Já cheguei a ver enfeites de E.V.A. até na área externa!

Os estilos decorativos são variados, com peças compradas prontas de personagens de desenhos animados ou dos clássicos Monica e Cebolinha vestidos a caráter para Festa Junina. Há também professores que se desdobram utilizando réguas e moldes com letras do alfabeto para escrever tudo o que se imagine em E.V.A. É uma verdadeira febre! É quase um critério para “ser professor”, assim como a pasta de modelos de atividade que as alunas dos antigos cursos de Magistério tinham que compor.

Eu particularmente chamo o E.V.A. de “pai do papel crepom”. Os professores mais velhos certamente se lembram do tempo despendido para fazer as inúmeras bolinhas de papel crepom usadas para completar as atividades inacabadas dos alunos, que rapidamente se cansavam da tarefa. Eu já fiz muita bolinha de papel crepom, quando era criança e estudava no antigo “Prézinho” e, depois, quando fui coordenadora pedagógica de Creche e precisava ajudar as professoras às vésperas das reuniões de pais.

Por sorte, durante meu processo de formação,  acabei descobrindo que Educação Infantil era muito mais potente do que apenas uma etapa preparatória para a etapa posterior do ensino. Percebi que precisava conhecer a criança de hoje, do tempo real e não me ater somente a propostas que visavam a aquisição da coordenação motora fina e ampla. Até porque essa aquisição era muito mais presente e consistente nos momentos menos monótonos e mais interessantes.

Enfim, embora as benditas bolinhas de papel crepom tenham deixado minha vida e por sorte a de muitas crianças e professores, elas ainda são práticas recorrentes em algumas instituições.

O papel crepom foi sumindo aos poucos, mas como o mercado de material “pedagógico” persiste e precisa vender, o E.V.A. assumiu  esse lugar. Hoje em dia há folhas de E.V.A. de todas as cores, desenhos e alguns até com gliter!

Contudo, sem entrar no mérito da beleza, questiono: por que os professores insistem em sobrepor modelos estereotipados às marcas das crianças? Por que as produções das crianças são desvalorizadas e minadas pela prática da “decoração” feita pelos professores? Por que utilizar referenciais homogêneos ao invés de abrir espaços à diversidade das produções das crianças e garantir a identidade de cada instituição?

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