Conhecer outras experiências para se reconhecer e crescer!
Em 2014 falamos sobre a importância e a relevância de visitar outras creches e espaços de Educação (Visitar outras creches: valioso recurso de trocas e reflexão). Uma experiência que traz recursos para repensar a nossa ação e crescer. Dessa vez visitamos uma creche – ou centro de Educação Infantil – gerida pela UNIEPRE. Aprendemos muitas lições que compartilhamos aqui!
A UNIEPRE é uma instituição de Educação Infantil que implanta e faz a gestão de creches e pré-escolas dentro de empresas, como benefício para os funcionários. Nossa visita aconteceu na unidade da indústria de medicamentos Aché Laboratórios.
Flávia Vasconcellos Gusmão (diretora) e Sheilla André Carlos da Silva (coordenadora da unidade) nos receberam, mostraram a estrutura, o trabalho pedagógico, o olhar apurado para a gestão da saúde e a sabedoria de acolher e compartilhar a educação com as famílias.
As mães das crianças da UNIEPRE podem visitar seus filhos a qualquer momento e sem hora marcada. Isso atrapalha o andamento da rotina? Não e sim! NÃO, porque a mãe, se quiser, pode “espiar” seu filho ou se integrar nas atividades, respeitando o interesse da criança no seu momento. E SIM, porque existe uma estrutura que recebe a mãe que quer passar um tempo com sua criança e concede um espaço organizado com livros, jogos e poltronas para que o momento aconteça gostoso, de forma proveitosa para os dois.
Silvia Ferraresi e Ana Elisa Machado falam de inclusão e do direito de brincar
Para a fisioterapeuta Silvia Ferraresi e a fonoaudióloga Ana Elisa Machado toda a criança tem o direito de brincar! Elas conversaram com o Tempo de Creche sobre inclusão e Tecnologia Assistiva, que é a utilização de recursos – simples ou sofisticados – para melhorar as funções das pessoas com deficiência.
TEMPO DE CRECHE – O que precisa nortear a atuação de um professor preocupado com a inclusão?
Um professor preocupado com a inclusão precisa ter empatia e comprometimento com a criança. Ele precisa conhecer a dificuldade que a criança tem, para poder pensar em maneiras de contornar essa dificuldade e proporcionar o aprendizado. Ele precisa saber que cada aluno é diferente e aprende de formas diferentes, mas que isso não impossibilita que a turma seja um grupo. O professor precisa ser o mediador entre a criança deficiente e as outras crianças da sala, até que a criança deficiente seja incluída socialmente no grupo. O professor não precisa, necessariamente, saber detalhes de uma determinada patologia, mas deve estar aberto para conhecer algo novo, flexível para modificar suas estratégias de ensino quando necessário e disponível para utilizar meios alternativos de comunicação, tecnologia assistiva e técnicas de manuseio.
Socorro: minha turma é difícil!
Nossas crianças são brincantes, alegres, energéticas, corporais, cheias de iniciativas e exploradoras do mundo que as cerca! Mas, às vezes olhamos para a nossa turma e pensamos: acho que fomos sorteados! Que turma difícil!
Enxergamos uma reunião de diversos perfis: o hiperativo, com o endiabrado, com o líder, com a esperta, com o agressivo, tudo num filme que poderia se chamar “Os Sem-limite”!
Você já se sentiu assim?
Com essa reunião de personalidades marcantes, o dia a dia fica denso, cansativo, imprevisível e dá uma sensação de que não conseguimos produzir nada com a turma.
Planejamento, Registro e Reflexão organizados em duas práticas tabelas!
Como pensar do planejamento sem ter que “tirar um coelho da cartola
Como registrar o que se vive durante as propostas?
Como pensar sobre o que ocorreu para encaminhar novos planejamentos?
O que não pode ser esquecido nesse percurso?
Como simplificar estas importantes tarefas da prática pedagógica?
Tempo de Creche organizou os conteúdos que têm sido apresentados e discutidos em diversos posts em práticas tabelas. Que tal experimentar essa organização e até modificá-la para ficarem com seu jeito?
Aguçando os sentidos e construindo saberes
A museóloga e educadora de museus, consultora de Acessibilidade em Ação Educativa Inclusiva, Amanda Fonseca Tojal, valoriza educação para os sentidos como um recurso pedagógico para todas as crianças e principalmente para o estimulo na inclusão de crianças com deficiências.
Tempo de Creche – O que se deve proporcionar para uma criança que está começando a descobrir a vida?
Amanda – O que eu tenho visto hoje em dia, cada vez mais, é a virtualização do nosso ambiente, a virtualização da nossa vida e da nossa comunicação. Claro que eu não estou criticando e não sou contra este tipo de tecnologia. Ela é muito importante. Ela é fascinante e este processo não tem retorno.
Por que Heloísa? ensina-nos a repensar o conceito de deficiência
Cristiana Soares, mãe e autora de Por que Heloísa? conversou com a equipe do Tempo de Creche. Cristiana nos conta na sua forma objetiva e direta por que não ter medo de ter um aluno com deficiência em sala de aula.
Tempo de Creche – Muitos professores têm receio em ter um aluno com deficiência em sala de aula, como você vê esta situação?
Cristiana – Acho que o principal é dizer a eles que, como qualquer outra, uma criança com deficiência é ÚNICA. Mesmo se compararmos duas com o mesmo tipo de deficiência. Cada uma tem uma história individualizada.
Portanto, a primeira coisa a se fazer é conhecer a criança. E isso só pode acontecer no dia a dia. Com calma, procurando ter a mente aberta e procurar ver a criança antes da deficiência dela.
Repetir propostas para crianças. Será?
Educadores de educação infantil geralmente sofrem da ansiedade de buscar rotineiramente atividades diversificadas. E não se trata de buscar a ampliação das pesquisas que as crianças fazem. Trata-se de inovar os formatos das propostas para buscar novos processos e resultados.
Realmente, as surpresas movem as crianças porque intrigam, despertam o interesse e as descobertas. Mas, para movê-las nesse sentido, não é necessário inventar novidades a todo o momento.
Primeiro dia na creche: um olhar novo de tudo
Anelise Csapo, supervisora do Núcleo Educativo da Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Literatura e Poesia, em sua fala no I Seminário Bebês no Museu* relatou o programa Faz do colo uma casa*1, que consiste em visitar à Casa das Rosas com bebê no colo, com intuito de explorar o espaço da casa, seja para um familiar ou cuidador de criança até um ano de idade.
Tempo de Creche encontrou nessa proposta uma possibilidade de aplicação nas creches e pré-escolas. Vamos entender o porquê numa conversa com a Anelise:
Planejamento da Educação Infantil: 10 reflexões para as creches
É hora de aproveitar para refletir!
As reuniões pedagógicas para elaboração do planejamento da Educação Infantil do próximo ano podem incluir uma reflexão sobre as crenças da creche, partilhar e ratificar com todos da equipe os princípios repensados e assumidos pela instituição.