Planejamentos e Atividades

Volta e meia nos deparamos com situações corriqueiras de “ensino” das cores em creches e escolas de Educação Infantil. Por que essa aprendizagem é considerada fundamental para o desenvolvimento das crianças? O que dizer das atividades coletivas planejadas para explorar apenas uma cor? Hoje é o dia do amarelo! …um sem fim repetitivo de papéis cortados, tintas e material impresso de qualidade duvidosa, para tentar relacionar o conceito abstrato da cor à sua nomeação.

Parece que a creche é a guardiã desse conhecimento! SERÁ?

Observe as cores ao seu redor…
Elas não existem sozinhas! Estão inseridas num contexto, são características das plantas, frutas, animais, de objetos etc.

folhasAssim, é importante trabalhar as cores como qualidades das coisas, e não extraí-las isoladamente do seu contexto. Afinal, crianças aprendem o mundo a partir do contexto em que vivem: reconhecendo as cores que encontra pelo caminho, nos objetos, nas roupas, na natureza… o universo é colorido! E a criança se interessa por conhecê-lo.

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Uma leitora nos perguntou a respeito da pertinência das famosas formaturas na educação infantil. Ela destacou que não vê a necessidade do evento, mas por conta de uma prática já difundida entre muitas creches e escolas, sente dificuldade em discutir a questão com a equipe pedagógica e familiares.

Gostaria de saber se vocês tem algum texto sobre FORMATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Não concordo que haja necessidade desse evento para “comemorar” a transição para o ensino fundamental. Mas o fato é que muitas instituições têm essa prática, o que dificulta o entendimento por parte de alguns professores e também os pais. (C.S.)

Como vemos essa situação?

O que significa formatura?
A palavra formatura deriva de formar-se ou formação. A “formatura” é uma cerimônia festiva de conclusão de um curso. É a conclusão de uma etapa da vida que transformou um grupo de pessoas. Nesse sentido, as formaturas podem ser vistas também como rituais de passagem: celebrações que marcam mudanças de fase de uma pessoa na sua comunidade e na sua formação. Os ritos de passagem podem ter caráter social, comunitário ou religioso. Mas, em geral representam a marca de momentos importantes na vida das pessoas.

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Que tal a sensação de caminhar sobre esponjas macias que marcam as passadas?
É possível pintar com os pés?
O que podemos ouvir das crianças quando são provocadas e fazem suas pesquisas?

Selecionamos uma proposta da coleção Fazendo Arte do PIM – Programa Primeira Infância Melhor, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul para pensar sobre pesquisa e escuta.

O PIM é um programa de política pública pioneiro no Brasil, desenvolvido em 2003. É uma ação de promoção do desenvolvimento integral da primeira infância que se apoia em três eixos: família, comunidade e intersetorialidade (saúde, educação, assistência social, cultura e justiça). O programa se desenvolve através de visitas domiciliares e comunitárias. Um time de visitadores capacitados visita semanalmente famílias em situação de risco e vulnerabilidade social, e constrói com elas o fortalecimento de suas competências para educar e cuidar das crianças.

Os materiais elaborados pelo grupo técnico do PIM para capacitação da equipe de visitadores estão disponíveis no site do programa e podem ser baixados gratuitamente.

Colecao-Fazendo-Arte

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pintura com rolos e plástico bolhaCom as crianças voltando das férias, o gás para aventuras e novas pesquisas está renovado. E dá-lhe buscar inspiração para acompanhar a turma. Pesquisamos uma técnica interessante para pintar, provocar e trabalhar a criatividade e a motricidade.

Rolinhos de Plástico Bolha

Rolar, enrolar, girar e torcer: uma categoria de movimentos divertidos que as crianças pequenas gostam de fazer. Uma pista para o professor mediar e ampliar.

I – A dica é começar a trabalhar o corpo todo e depois passar para as mãos. Pesquise e selecione uma música provocante – se tiver na letra uma referência aos movimentos de enrolar e girar, melhor! Apresente para os pequenos e mergulhe na dança. Gire o corpo, deite no chão e role, use os braços para fazer movimentos circulares e, sem falar, convide os pequenos a se inspirarem nos seus movimentos. Crianças começam a aprender imitando.

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É possível trabalhar vida em sociedade e cidadania na Educação Infantil? Como despertar nas crianças pequenas aspectos da democracia? Uma EMEB* da região do ABC, SP, diz que isso é possível e que as crianças desenvolvem responsabilidade pelo coletivo com muita seriedade. É importante ressaltar que as crianças em questão têm entre 3 e 6 anos de idade.

BilheteO bilhete ao lado foi recebido pela escola, enviado por uma mãe de aluna de quatro anos. No texto ela comunica a preocupação da filha que, por motivo de doença, iria faltar à reunião do “Conselho Mirim da Escola”, ao qual pertence como representante de sua turma. Pasmem!!! A pequena de quatro anos, imbuída do exercício de atividades realizadas em prol do coletivo, ficou preocupada em “faltar” com sua responsabilidade! Será que alguém ainda duvida das habilidades e capacidades das crianças pequenas?

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bebê com peneiraPeneiras são mágicas!
Seguram alguns materiais e deixam outros escapar!
Fazem água virar tempestade e ainda servem para brincar de pescar!
Ver a areia chover pela telinha é um encanto!
Se agitar, tudo passa mais rápido. Se ficar parado, nada acontece!
Mesmo grandes, não conseguem tampar a luz e nem impedem o vento!
Mas… como lidar com elas?
Peneiras são uma boa dica para começar um projeto de férias.

Uma boa variedade de peneiras pode se transformar num brinquedo divertido, curioso e desafiador para crianças de todas as faixas etárias.

Nas férias muitas instituições formam turmas multisseriadas e, às vezes, os professores têm dificuldade de planejar propostas atraentes para toda a turma. Nesse sentido, as peneiras são objetos interessantes e pesquisados por bebês e crianças maiores. Por isso, um conjunto de peneiras pode ser uma mão na roda para promover brincadeiras e aprendizagens nas férias.

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A partir dos 12 meses os bebês vão aprofundando o conhecimento a respeito do universo ao redor. Isso é fruto de muita pesquisa e investigação. Eles querem conhecer os objetos, saber como podem ser usados e entender as suas propriedades físicas… é isso mesmo! Eles amassam? Fazem barulho quando caem? São frios? São gostosos de lamber? Se brinco com eles, consigo provocar alguém? É aproveitando essa incrível vontade de brincar aprendendo que pensamos num brinquedo que pode provocar os pequenos cientistas: Buracos incríveis!

Brinquedos para bebes buracos incríves

Um menino e um cachorrão com a boca aberta para receber tudo aquilo que se queira colocar dentro!
Um prato de comida que engole objetos.
Um mar de bolinhas onde consigo enfiar mais algumas!
Que desafio! Que viagem!

Buracos incríveis é um brinquedo simples de construir. Basta conseguir pequenas caixas de papelão reforçado, pesquisar fotos nítidas, com contextos significativos para os bebês, e abrir um buraco num ponto estratégico da imagem.

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É alegria! É festa!
Crianças adoram brincar com tecidos. Pedaços grandes, pequenos, estampados e coloridos se transformam em capas de super-heróis, vestidos encantados, tendas e casinhas de faz de conta. Para as crianças menores, desvendar as texturas, cores, extensões e coordenar os movimentos para dominar esse material misteriosamente molinho e resistente, representam um prato cheio de pesquisas e diversão.
Que tal proporcionar uma semana de brincadeiras com tecidos para sua turma? E se, nesse período de Festa Junina, os tecidos escolhidos para a brincadeira fossem as chitas, tão brasileiras e típicas?
Na hora de preparar a festa, é possível aproveitá-las na decoração e apresentar para as crianças novos usos e significados do material.

Chita simples 3Com as festas juninas se aproximando, as escolas começam a aquecer os motores com o planejamento do evento e das propostas para trabalhar esse festejo típico com as crianças.

É bom notar que os pequenos, até 3 ou 4 anos de idade, estão construindo sua história e as relações com a comemoração. Assim, é fundamental aproveitar conteúdos dessa data que tenham significado para cada criança:

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Na nossa série de postagens sobre Neurociências e desenvolvimento infantil os bebês chegaram aos 6 meses e caminham para o primeiro ano de vida. Isso significa muita conquista! (leia em Neurociência, aprendizagem e desenvolvimento infantil – 6 a 12 meses).
Na primeira infância os pequenos desenvolvem conexões nervosas num ritmo tão acelerado que a capacidade de aprendizagem de novos comportamentos nunca será tão potente e intensa. Como ajudar os bebês de 6 a 12 meses a continuarem seu crescimento? Propomos um brinquedo acessível, amplo e fácil de ser construído para provocar, instigar e contribuir com a pesquisa intelectual, motora e das interações: as almofadas sensoriais.

Ao conhecer os estudos e as teorias sobre o desenvolvimento das crianças bem pequenas, temos a oportunidade de olhar com compreensão para aquilo que planejamos e oferecemos para a turma. Até aqui nossos pequenos já aprenderam muito. Percorreram uma jornada significativa de conquistas especialmente singulares. É a partir dos conhecimentos teóricos e das observações individuais e coletivas das crianças que o educador tem as ‘ferramentas’ para escolher propostas mais apropriadas e planejar sua ação.

Que tal construir brinquedos de largo alcance, divertidos e desafiadores, para instigar os bebês a pesquisar, descobrir, crescer? E dar oportunidades valiosas para você observar e interagir com seus pequenos, contribuindo com as aprendizagens.

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Atuar com previsão, organização e preparo favorece uma atmosfera mais tranquila e o olhar antenado nas pesquisas das crianças. Fazer um planejamento cuidadoso e atento às demandas e desejos expressos pelas crianças é um passo para conquistar situações como essa.  E um roteiro para planejar pode ajudar a exercitar o ato de planejar.

Para Madalena Freire, reconhecer os limites do contexto e da atuação do professor revela os caminhos do planejamento. São os próprios limites em sintonia com a realidade:

  • O que é possível fazer?
  • Quais os saberes e potencialidades que reconheço no grupo?
  • Quais desafios são adequados à faixa etária e a este grupo?
  • O que eu já sei e o que preciso pesquisar?

Aividade eu experimento pintar - organização do espaço

Madalena ainda fala sobre a liberdade, e talvez uma certa leveza, para atuar quando existe organização e disciplina do educador que “organiza, delimita e direciona a liberdade” de si e do grupo. Assim, pensar no planejamento envolve duvidar, perguntar e se questionar. Que tal experimentar um roteiro de planejamento que busque estruturar sua atuação e as conquistas das crianças?

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