Desenvolvimento Infantil

Uma das grandes conquistas da criança em seu processo de desenvolvimento é o início da construção da própria identidade. Mas, se refletirmos profundamente sobre esse tema, percebemos que a identidade leva uma vida inteira para ser construída!
brincadeira com bonecosQuem sou eu?
O que eu gosto?
O que eu não gosto?
Como eu me cuido?
Como me relaciono?
O que é importante para mim?
O que me diverte?
E muitos etc. para conduzir uma jornada de décadas de autoconhecimento!

Contudo, esse caminho tem seu início quando o bebê vem ao mundo e experimenta as sensações, emoções e aprendizagens que faz do seu entorno. Assim, o roteiro interminável das perguntas acima é formulado desde sempre!

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Janeiro é o período da adaptação das novas crianças. É também o momento de planejar as formas de apresentar o novo para as crianças que voltam das férias. Tem muito a ser pensado para fazer os pequenos se sentirem bem e integrados na nova etapa de suas vidas. Nesta postagem, Tempo de Creche lembra a importância dos momentos individuais e coletivos de cada criança.

Uma mudança importante na vida da criança de 0 a 6 anos é o movimento de saída de seu mundo familiar para o mundo coletivo da creche. A percepção desta coletividade tem dois lados: a perda da individualidade  e a possibilidade de interação com as outras crianças nos encontros do pátio, nas refeições, nas brincadeiras, nos cantinho do faz de conta da sala, nas atividades de arte…

Como a criança vive sua singularidade e o coletivo?

Singular 1Quando a criança está em seu mundo particular, em um momento só seu de pesquisa, as descobertas acontecem no campo da experimentação. Envolvida no seu fazer, a criança está vivenciado a cada segundo o que surge à sua frente. Está imersa e as ações trazem significados para ela. Como diz o pedagogo e filósofo espanhol Jorge Larossa Bondia, significativo é o que fica gravado em nós, passa a fazer parte de nós e só a experimentação possibilita isto. A construção de uma pessoa vem da soma das pequenas experimentações, sendo as primeiras na educação infantil.

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O texto provisório da Base Nacional Comum Curricular reforça a visão da criança como PROTAGONISTA das ações educativas das instituições de Educação Infantil.

PARTICIPAR, com protagonismo, tanto no planejamento como na realização das atividades recorrentes da vida cotidiana, na escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo linguagens e elaborando conhecimentos (BNC, p. 20 – Documento de Consulta Pública).

Esse direito é o embasamento que encaminha a forma de pensar as ações nas Creches e EMEIs. Isso significa que os planejamentos de propostas devem partir dos interesses das crianças, identificados nos registros das ações do dia a dia.

Pense bem: as propostas e atividades não devem partir das ideias “independentes” dos professores!

BNCC5

Assim, por esta compreensão da aprendizagem, a criança pequena aprende a partir de seus interesses, de sua vontade de pesquisar e dos desafios que encontra.

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livro Tornando visível a aprendizagemRegistro e Documentação Pedagógica são ferramentas imprescindíveis para dar contorno ao trabalho pedagógico desenvolvido em Reggio Emilia. Diversos relatos publicados em livros podem ilustrar a forma como as equipes pedagógicas realizam suas práticas, os registros e as reflexões provenientes da análise desses materiais. Destacamos um relato do capítulo Uma mensagem de grupo, extraído do livro Tornando visível a aprendizagem: crianças que aprendem individualmente e em grupo  para aprofundar o olhar sobre as relações, as conquistas de um grupo de crianças e de sua professora.

Numa das escolas de Reggio Emilia é desenvolvido um projeto permanente de Caixas de Correspondência (ou de comunicação à distância). Todos participam: crianças, professoras, atelieristas e cozinheiras. São caixas individuais, uma para cada criança e profissional da equipe.

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Hoje, por todo o Brasil, acontecem estudos, reflexões e discussões sobre a Base Nacional Comum Curricular e as práticas pedagógicas na Educação Infantil. Nesse contexto, no próximo mês, em Florianópolis e São Paulo, Anna Tardos, Agnès Szanto Feder e Myrtha H. Chokler compartilham com os professores da primeira infância a filosofia Emmi Pikler.
Tempo de Creche vem aprofundando a discussão sobre os cuidados e a educação de bebês numa série de postagem.  Nesta publicação conversamos com a presidente da OCIP Acolher, Sylvia Nabinger, uma das pioneiras na implementação desta filosofia no Brasil. 

Bebês, uma aventura passo a passo na visão de Emmi Pikler

Tempo de Creche – Como a filosofia Emmi Pikler vê o bebê?
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Sylvia – O bebê experimenta a aventura, descobre tateando, reproduz, coordena cada aquisição à medida que segue seu caminho, enfatizava Emmi Pikler. Essa afirmação mostra a importância de respeitar todas as manifestações espontâneas do bebê, a ordem e o ritmo de seus aparecimentos. A continuidade desse processo, em que o bebê é ator e autor, aponta para o significado de que o exercício de cada passo, não apenas prepara, mas serve de base para o passo seguinte: “é importante não contrariar esse processo interferindo ou expondo o bebê a posturas que ele ainda não descobriu sozinho ou que ainda não é capaz de adotar, retirando assim sua alegria de descobrir por si próprio e sentir segurança em suas próprias capacidades”.  Segundo Myrtha Chokler adiantar as posturas é adiantar os fracassos.

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O choro insistente e frequente das crianças pequenas desespera…
Choro é uma linguagem utilizada e conhecida por todos os seres humanos na primeira infância, mas vamos perdendo essa forma de comunicação e conquistando outros recursos para expressar nossos sentimentos e também controlá-los.

Chorar pode significar uma série de situações desconfortáveis e um pedido de ajuda num momento em que a vida é dependente dos cuidados e das relações amorosas com os adultos.

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Quais os prováveis motivos?
Bebes e crianças pequenas choram porque estão frustradas por não alcançarem algo, perturbadas com muita luz e barulhos, entediadas com um cenário sempre igual. Podem chorar por que estão com fome, com a fralda encharcada ou suja, estão cansadas, com sono, com cólica e, portanto, a mais óbvia das causas: por problemas relacionados à fisiologia.

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Não é raro notarmos atitudes que chamamos de birra, descontrole e falta de limite nos pequenos do grupo. Essas questões estão relacionadas à habilidade de lidar com os sentimentos que, como outras habilidades, devem ser exercitadas, aprendidas e desenvolvidas. Ela começa a se desenvolver no nascimento e continua como um processo durante toda a infância e adolescência. Este aprendizado é a capacidade de reconhecer, expressar e lidar com emoções intensas de forma adequada e oportuna.

Birra

Saber lidar com emoções intensas é uma habilidade conquistada aos poucos, fundamental para o desenvolvimento saudável. Ele favorece as relações, as ações  cooperativas, a lidar com as frustrações e a resolução de conflitos. Os pequenos aprendem essas habilidades por meio de interações com os adultos, e as orientações de pais e educadores com exemplos e explicações claras e gradativas.

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mordida de criançaMorder é um comportamento muito comum entre as crianças. Isso significa que existem muitos educadores e pais preocupados com a questão. Então … você não está sozinho! A boa notícia é que há muito a fazer para reduzir e até eliminar as mordidas.

Para preparar o terreno e resolver com eficácia este desafio, antes de tudo, evite chamar ou pensar nas crianças que mordem como os “terríveis” ou maus elementos! Peça aos outros também que não se refiram a elas dessa forma. Rotular as crianças pode realmente levá-las a assumir a identidade que lhes é atribuída, o que intensifica o comportamento de morder em vez de eliminá-lo.

Crianças mordem a fim de lidar com um desafio ou satisfazer uma necessidade. Por exemplo, a criança pode estar mordendo para expressar um sentimento forte (como frustração), comunicar a necessidade de espaço pessoal (talvez outra criança esteja muito perto!) ou para satisfazer uma necessidade de estimulação oral. Tentar compreender a causa “invisível” das mordidas vai ajudar a desenvolver uma estratégia mais eficaz para eliminar o comportamento. Pergunte-se:

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Balão-Dúvida-pComo contribuir para que as criança se expressem e comuniquem seus desejos e opiniões?

Às vezes é frustrante notar as crianças entristecidas e não conseguir “ser um ombro amigo”.  Acolhemos nos braços, tentamos conversar, mas percebemos que a criança tem o que falar e não consegue se expressar. 

Linguagem do corpo

Não é fácil para nós, adultos, traduzir sentimentos e emoções em palavras, o que dirá para as crianças! Encontramo-nos, então, numa encruzilhada entre a disposição para ajudar e a dificuldade em dialogar.

Balão-Dúvida-pEssa situação tem solução?
Como resolver a questão?

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Frato Creche não é um cabideiroNossas crianças são brincantes, alegres, energéticas, corporais, cheias de iniciativas e exploradoras do mundo que as cerca! Mas, às vezes olhamos para a nossa turma e pensamos: acho que fomos sorteados! Que turma difícil!

Enxergamos uma reunião de diversos perfis: o hiperativo, com o endiabrado, com o líder, com a esperta, com o agressivo, tudo num filme que poderia se chamar “Os Sem-limite”!

Você já se sentiu assim?

Com essa reunião de personalidades marcantes, o dia a dia fica denso, cansativo, imprevisível e dá uma sensação de que não conseguimos produzir nada com a turma.

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