Diálogos sobre relações VII: Encontros culturais e festivos

Diálogos sobre relações VII: Encontros culturais e festivos

As pedagogas Tânia Fulkemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. Neste último capítulo, as autoras aprofundam algumas das ações das escolas com as famílias para promover o diálogo e construir relações e vínculo: encontros culturais e festivos.

7.  ENCONTROS CULTURAIS E FESTIVOS

Festa junina

A participação dos pais precisa ser planejada para construção de uma comunidade educadora, que é parceira e divide funções, guardando as respectivas autonomias e fronteiras.

Festejar é preciso e o convite da escola para festas e eventos precisam constar do calendário da escola a ser enviado às famílias no início de cada ano. Não devem ser excessivas nem poucas demais, mas guardar um certo equilíbrio, para não exagerar no número de vezes que chamamos os pais à escola.

Dependendo do tamanho da escola, podemos fazer festas/eventos por faixa etária ou por sala, subdividindo as famílias para melhor acolhe-las.

Comes e bebes são sempre bem vindos, por que compartilhar alimento é uma forma de nos aproximarmos.

Música, dança, teatro, contação de histórias, rodas de conversa, rodas de música, rodas de leitura, exposição de desenhos e artes visuais, apreciação de filmes e vídeos, enfim, a escola pode ampliar a vida cultural das famílias em seus espaços, eventos e reuniões, atingindo culturalmente toda a comunidade.

Quando brincam com os filhos, pintam, dançam e escutam histórias valorizam melhor este modo de aprender da educação infantil, reconhecem os percursos vividos pelas crianças e encontram recursos para reconstruírem a imagem comum de uma escola tradicional onde a lição, os exercícios repetitivos e a transmissão passiva de informações eram as formas privilegiadas de aprender.

Quando contamos com a participação dos pais nestes eventos imprimimos um clima de intimidade, mais leve, alegre e divertido. Instituímos um senso de coletivo, a cooperação e corresponsabilidade como modo de conviver naquele espaço. Ao mesmo tempo fazer estas coisas com os filhos é uma boa oportunidade de estreitar e fortalecer os laços de afeto, carinho e confiança entre eles.

Nestas aproximações é possível reconhecer o educador como pessoa, ver sua dedicação e seus esforços e por consequência atribuir maior valor e reconhecimento a sua tarefa.

Tempo de Creche já publicou:

  1. CONSTRUINDO DIÁLOGO E APOIO ENTRE FAMÍLIA E CRECHE 
  2. CRECHES E FAMÍLIAS: UMA PARCERIA DE ESCUTA 
  3. APROFUNDANDO O DIÁLOGO 
  4. REUNIÃO DE PAIS
  5. CADERNOS DE COMUNICADOS 
  6. CONTATOS DE PORTA E PRIMEIROS DIAS NA CRECHE

barrinha colorida fininha

Autoras

Lena Bartman Marko, pedagoga formada pela USP, terapeuta de família pelo ITF SP, especialista em psicanálise pelo Sedes Sapientiae. Fundadora e Diretora da CONVERSO – Assessoria Pedagógica.  Foi coordenadora, diretora e sócia-fundadora da Escola Ibeji e atuou como diretora pedagógica no Instituto Alana. Fundou os respectivos centros de formação de professores.

Tania Fukelmann Landau, pedagoga pela PUC-SP e especialista em Educação Lúdica pelo ISEVEC. Fundadora e Diretora da CONVERSO – Assessoria Pedagógica.   Colaboradora em projetos e publicação da Fundação ABRINQ. Membro da diretoria da Casa do Povo (instituição cultural). Atualmente dedica- se integralmente a formação continuada de educadores e aos estudos sobre a infância.

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