Acolhimento e adaptação: é hora de falar a língua da brincadeira!
Qual é a estratégia principal do retorno à escola nesta pandemia? Ouvir a língua das crianças: a brincadeira!
Depois do período de acolhimento…
Por que o período de adaptação/acolhimento não acaba?
Muitos professores imaginam respostas para essa pergunta comum:
Neste ano minha turma está difícil.
As minhas crianças chegam cansadas, ficam irritadas e querem dormir.
Percebo que os pequenos ainda não estão prontos para participar de projetos, eles não se entrosaram com os colegas, o espaço, os horários…
Encontramos professores assumindo essas conclusões no período “pós adaptação” ou, como temos nos referido, “pós-acolhimento”.
O que está acontecendo de fato?
Onde está o problema?
O que está por trás dessas conclusões?
Respondemos:
O que você está olhando?
O que está deixando escapar?
Qual é a sua pauta de olhar nesse momento?
A chegada dos pequenos à escola no início do ano se resume a alguns aspectos fundamentais:
- Relações com os adultos
- Relações com outras crianças
- Construção dos tempos coletivos e a rotina
- Interações com o espaço
- Interações com os materiais
- Aspectos individuais
- Segurança
As relações demandam empenho, afeto, tempo e amadurecimento para que se estabeleçam os novos vínculos. Trabalhamos nesse sentido buscando conhecer cada uma das crianças que compõe o grupo, suas histórias e raízes, investimos nos gestos, nas palavras e na mediação entre os amigos. E assim, num trabalho de formiguinha vamos gerando – de gestação mesmo! – o nosso grupo.
Até aqui, tudo certo! Temos até um sentido humano-amoroso-professoral que nos guia por essa jornada. Mas então o que falta? Por que ainda não está dando certo?