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Na segunda parte da postagem sobre o momento da alimentação das crianças pequenas, a educadora, especialista em Educação Lúdica e parceira, Tania Fukelmann Landau, percorre a visão da abordagem Pikler para destacar dicas práticas.

Os estudos, pesquisas e trabalhos da Pediatra húngara Emmi Pikler, realizados nos meados dos anos 50, podem nos ajudar a compreender e agir melhor nesta direção, principalmente quando falamos do desenvolvimento e do processo de alimentação de crianças e bebês em creches e abrigos. Embora ela tenha nascido e vivido em uma realidade tão distante e diferente da nossa, existem referências, princípios e práticas nas quais podemos nos inspirar para aperfeiçoar o atendimento na primeira infância.

bebe-comendo-papinhaEmmi Pikler nos ensina que a hora de comer faz parte da rotina de cuidados, assim como o sono, a troca e o banho. É um momento especial para formação de vínculos e construção da autonomia, requer atenção especial e personalizada.

Antes de adentrar na sistemática do funcionamento destes momentos de refeição, faz-se importante salientar alguns pressupostos das rotinas de cuidados personalizados:

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Crianças pequenas pensam diferente.
Esse fato deve guiar a maneira como nos relacionamos com elas e como pensamos junto com as famílias os jeitos de cuidar e educar.
engrossadores de cabos Tecnologia AssistivaAs crianças pequenas estão crescendo e amadurecendo. Assim também amadurece seu sistema nervoso e o cérebro. Até os dois anos de idade, esse processo é tão potente que em nenhum outro momento da vida o cérebro será tão ansioso por aprender. E isso não é apenas uma crença ou uma hipótese. Muitos neurocientistas mapearam as funções cerebrais dos pequenos e descobriram que esse desejo de conhecer e aprender o mundo que os cerca é um impulso fisiológico que os comanda 24 horas do dia e sete dias por semana.
As conquistas a cada etapa desse amadurecimento fisiológico e emocional já foram identificadas por vários estudiosos, como Piaget e, hoje, são explicadas pela neurociência.
O que fazemos com as crianças na creche e em casa é compreendido por elas mesmas como uma sequência de ações sem a diferenciação de contexto, vivendo o dia como uma continuidade. Não existe ocorrência de um ritmo de desenvolvimento desconectado: escola e família são ambientes inteiramente ligados nas pequenas cabeças pensantes. Assim, questões de aprendizagem que se refletem nos dois ambientes precisam ser pensadas e trabalhadas em conjunto.

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