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Talvez não tenha chegado ao conhecimento de muitos professores, mas um grupo de especialistas do MEC elaborou um documento de apoio às práticas pedagógicas que partem dos eixos indicados na BNCC.

São tabelas com explicações dos campos de experiências, dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento e dos direitos de aprendizagem relativos a cada objetivo. Também constam informações sobre o que trabalhar com as crianças de 0 a 5 anos e 11 meses e alguns exemplos práticos.

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Como trabalhar com os campos de experiências e objetivos de aprendizagem?
Durante as atividades, como favorecer experiências num campo específico, se as crianças pensam e agem mobilizando habilidades diversas?
Como se planejar para buscar avanços e desenvolvimentos específicos na turma?

Na postagem anterior, pensamos sobre a aprendizagem das crianças pequenas por meio de experiências. Recorremos aos pedagogos Jorge Larrosa e Silvana Augusto para compreender que experiência de aprendizagem é aquilo que deixa marcas. Quando curiosa e encantada, a criança pequena se envolve no desafio e se dedica a ele. Dá para perceber isso claramente no dia a dia:

no pátio, quando desafiam o corpo a saltar cada vez mais longe;
ao fazer de uma caixa, um ônibus que perambula pelas ruas imaginárias;
ao bater uma panela no chão sem parar para ouvir variações e similaridades dos sons;
ao misturar areia numa massa de farinha;
ao virar as páginas de um livro procurando as narrativas já conhecidas;
ao descobrir que 1 é bem pouquinho e 5 é muito mais.

Nesta postagem vamos refletir sobre a atuação provocadora do professor para promover experiências além daquelas espontaneamente vividas pelas crianças. Com isso, favorecer o desenvolvimento das diversas áreas – ou “campos” – de aprendizagem e desenvolvimento.

Que tal recorrer à prática para entender?

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Falamos em planejar, registrar, refletir e replanejar como uma postura contemporânea do educador, que percebe as crianças e acolhe suas contribuições. Mas isso é suficiente no contexto formal da Educação Infantil?
O que dizer de currículos oficias, como a BNCC, com conteúdos a serem ensinados ?

→ Por onde começar?
→ Quem pensa sobre a criança e a infância hoje?

campo do conhecimento espacial e matemáticoPodemos partir de uma discussão baseada na Antropologia da Criança para buscar conclusões. Clarice Cohn (2005) disse que a criança produz cultura, não pelos objetos ou relatos que constrói, mas pela formulação de um sentido que dá ao mundo que a rodeia. Segundo a antropóloga, criança não sabe menos, sabe outra coisa e nós adultos precisamos entrar neste mundo respeitando uma cultura que já existe. Essa postura faz toda a diferença ao pensar em “currículos” e “ensinos”, porque não é possível construir desenvolvimento sobre um território desrespeitado ou até destruído.

Conhecer a cultura da infância das crianças com as quais trabalhamos, é o primeiro ponto de partida para pensar no contexto educativo.

O segundo ponto é refletir sobre a forma como entendemos a infância e o que ela representa para a constituição do futuro adulto.

É a criança um adulto em miniatura?

expressão em artes visuais 2Já vimos que a Antropologia da Criança distancia-se desse pensamento porque considera que a criança tem universo próprio.

O terceiro ponto apoia-se nas pesquisas da arquitetura do cérebro, que é formado pelas experiências, aprendizagens e emoções vividas na infância.

Os estudos de ambas as ciências – antropologia e fisiologia do pensamento – falam que crianças aprendem pela experiência, pela pesquisa e interações que realizam ao brincar, que deixam marcas por toda a vida.
Esse é o nosso guia!
Simples?
Não, complexo! E desafiador!

Fomos treinados para conduzir o ensino e dar aulas. Esse modo de agir não é respeitoso e nem produtivo.

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