Tag de arquivos: brincadeira

Brincadeira, oralidade e escrita: como tudo isso se relaciona? Numa nova tradução dos textos de Vigotski (livro Psicologia, educação e desenvolvimento: escritos de L. S. Vigotski), o autor nos diz que a brincadeira não deve ser considerada apenas como uma das atividades mais frequentes na vida de uma criança. Muito mais do que isso, a brincadeira “é a linha que guia o desenvolvimento na idade pré-escolar”. Vigotski também faz questão de afastar o clichê de que a brincadeira é prazerosa para a criança e por isso ela brinca. Quem observa o faz de conta, sabe que brota um turbilhão de emoções que expõe as crianças à alegria, ao prazer, à satisfação e também ao medo, à angústia, à raiva e até à tristeza. Mas afinal, por que as crianças brincam? Para Vigotski, a brincadeira “deve ser sempre entendida como uma realização imaginária e ilusória de desejos irrealizáveis”. Simplificando, criança brinca…

Leia mais

Quando a criança começa a brincar? Quais fatores determinam a evolução da brincadeira? Como isso dialoga com o desenvolvimento infantil? O que é considerado experimentação, brincadeira e faz de conta? Conhecer a fundo esta linguagem da infância nos permite fazer uma escuta qualificada dos interesses e necessidades das crianças. Nesta postagem vamos partir dos estudos do psicólogo russo Daniil B. Elkonin para entender os marcos da jornada da brincadeira na infância. Diversos autores se propuseram a estudar a essência da brincadeira: Brugère, Pikler, Piaget, Vigotski… mas o russo Elkonin trouxe uma visão especial para este tema. Ao ler ser seus textos, parece que vemos uma janela aberta para a creche e a pré-escola. Fiquei tão sensibilizada, que gostaria de dividir os “achados” com os leitores curiosos do Tempo de Creche. Existe um ponto de partida para a conquista da brincadeira: o desenvolvimento da capacidade de agarrar um objeto. Elkonin explica…

Leia mais

Qual é a estratégia principal do retorno à escola nesta pandemia? Ouvir a língua das crianças: a brincadeira!

Leia mais

Crianças aprendem brincando, mas não nascem fazendo isso sozinhas.
É pelas primeiras brincadeiras com a mãe que os bebês aprendem uma linguagem que dominarão com maestria: o brincar.
Aí você olha para a prateleira da sala, avista o caixote de brinquedos… e pensa: minhas crianças brincam todos os dias!
Será? Quais brincadeiras o caixote de brinquedos pode proporcionar? Vamos refletir sobre isto!

O lúdico é um estado de graça para a criança. Nós, adultos, perdemos a conexão com a brincadeira porque a sociedade dos “crescidos” rotulou o brincar como perda de tempo para quem tem responsabilidades e atribuições!

Mas hoje a brincadeira das crianças é garantida por lei, ao menos na primeira infância.
Por que será?

Por que as crianças ficam felizes quando brincam?
Por que gostam?
Por que inventam?
Por que descobrem?
Por que aprendem?

Sim!

canto de atividadesPor tudo isso. E porque o lúdico é uma linguagem que permite interagir com os adultos, as outras crianças, a cultura, a natureza, os espaços e os materiais. É por meio do diálogo brincante com o mundo que a criança vive experiências intensas e pode ser transformada por elas.

Leia mais

O final do ano já se avizinha! As brincadeiras já estão mais do que conhecidas? Que tal inovar, trabalhando expressão, identidade, relações e faz de conta com dedoches pintados nos dedos?

A nova estação traz mudança de espírito… Com a passagem da primavera para o verão, o sol brilha cada vez mais forte, e as crianças estão cheias de energia e curiosidade. Essa disposição também contamina os educadores, que procuram novidades para introduzir e ampliar as possibilidades de brincadeiras.

Dedoche

A linguagem das crianças é o brincar…
O desenvolvimento da capacidade de se relacionar depende, entre outras coisas, de oportunidades de interação com crianças da mesma idade, com as de idades diferentes e em diversas circunstâncias. Pensar em situações que facilitem as oportunidades de interação demanda planejamento.

Leia mais

Balão-Dúvida-pComo pensar o letramento e a alfabetização na Educação Infantil? Quais atividades são prioritárias para o pleno desenvolvimento das crianças?

cartaz salas uniepreRudolf Steiner, filósofo e educador austríaco do início do século XX, defende que até os sete anos a criança  tem que brincar. E ponto! E esta é uma das responsabilidades da escola.
As linguagens do corpo são acompanhadas pelo desenvolvimento neurológico como um todo, incluside da linguagem oral. Para Steiner, a educação da primeira infância voltada para o brincar conquista mais resultados futuros do que aprender técnicas de leitura e escrita!
Também Vigotski seguiu nessa linha na mesma época. O aprendizado da escrita é gradual e deve ser iniciado na primeira infância por meio do fazer simbólico. Para o psicólogo bielorrusso, atividades mecânicas de leitura e escrita atrapalham o amadurecimento porque pulam etapas do desenvolvimento. Por outro lado, a brincadeira garante os pilares para a construção significativa da linguagem.
Então GRADUAL, LÚDICA e SIGNIFICATIVA parecem ser as chaves para pensar os conteúdos que contribuem com o amadurecimento neuropsíquico da criança e que as levará a dominar o sistema de símbolos da leitura e escrita, na alfabetização.

Leia mais

… O mês de agosto está chegando! O mês de agosto chegou! Agosto … mês bem disposto!

É o início das atividades do segundo semestre e … para que a brincadeira continue veja as sugestões!

E a organização das brincadeiras, novas ou já conhecidas é o ponto de parida para receber as crianças que estavam fora, de férias. Compreender a importância do brincar para a criança é  fundamental e deve ser o foco da equipe!

Ampliando a postagem anterior Espírito de férias na brincadeira  selecionamos várias  propostas para que a brincadeira continue e a diversão não termine!

contato-tempo-de-crechePista com pneus e bambolês

Quais os movimentos que as crianças mais gostam de fazer? Quais os mais difíceis?

Angela h

Por meio de pistas ou circuitos com obstáculos como –  túnel de tecido, degraus de bancos, bambolês, pneus, cabanas montadas com tatames, proporcionamos às crianças o desenvolvimento e as ampliações gradativa de sua movimentação como o agachar, engatinhar, correr, subir, pular, girar, andar em diferentes planos (no alto, em baixo…) e, assim, desenvolver maior segurança  na movimentação cotidiana.

Leia mais

Os meses de férias têm uma atmosfera diferente. Sentimos no ar uma mudança no espírito. Parece que o sol brilha mais (mesmo nos dias de chuva e frio!) e a vontade de brincar e alterar a rotina é grande. Essa disposição contamina os pequenos e continua nos primeiros dias do retorno à creche.

Transformar a rotina numa gostosa aventura de férias traz alegria e compensa um pouco a falta de férias das crianças cujos pais trabalham.

Como o número de crianças ainda é reduzido e as faixas etárias diversas, o planejamento pode ser mais brincante e recreativo. Propostas como piqueniques, pequenos passeios no entorno e o uso de materiais e técnicas mais adequadas a pequenos grupos são ideias interessantes. Vale, também, proporcionar atividades sem tempo rígido para terminar, escolhendo aquela que as crianças mais gostam…

Então, está pensando algo diferente para fazer com as crianças durante o mês de julho?

A mudança nas atividades rotineiras envolve as crianças numa aventura e enriquece as pesquisas e as relações. Por que não prolongar essa sensação por mais um tempo e “avançar” em agosto?

As dicas propostas procuram se nutrir da iniciativa e curiosidade infantil. Deste modo, brincar de faz de conta – de casinha, de ir ao supermercado ou a uma festa; colecionar objetos e separá-los em caixas; contar histórias, ouvir poemas etc. traduzem esse interesse.

Experimente!

Leia mais

EPSON MFP image

A educadora Renata Meirelles, idealizadora do projeto Território do Brincar, com a co-realização do Instituto Alana, é autora do livro Cozinhando no quintal (Editora Terceiro Nome), lançado no dia 8 de outubro de 2014.

O livro nasceu da experiência vivida por Renata e pelo documentarista David Reeks entre abril de 2012 e dezembro de 2013, quando eles percorreram diversas regiões brasileiras, como comunidades rurais, indígenas, quilombolas, metrópoles, sertão e litoral. Cozinhando no quintal mostra como as crianças utilizam os elementos ao seu redor na hora de brincar de cozinhar, fazendo comidinhas de brincadeira com ingredientes encontrados no quintal, como flor, lama, grama, folhas e sementes.

lançamento do Livro Cozinhando no quintal

cropped-cropped-logos-com-muros-mais-fino2Como surgiu o projeto do livro?

Renata Este é o primeiro livro que surgiu como resultado do Território do Brincar. Para quem ainda não conhece, o Território do Brincar, uma co-realização com o Instituto Alana, é um projeto de pesquisa, registro e difusão da cultura da infância no Brasil. Durante 21 meses de viagem (de abril de 2012 a dezembro de 2013) organizamos uma parceria com seis escolas para alimentar o olhar sobre o brincar da criança dentro e fora da escola. Nesse processo desenvolvemos uma pesquisa coletiva, entre nós e essas escolas parceiras, onde um dos temas foi o brincar de casinha. Como essa brincadeira acontece dentro e fora da escola? O que as crianças nos dizem quando estão brincando de casinha? O que existe por trás dos gestos das crianças ao brincar de casinha? As comidinhas, que tanto me encantavam, foram um ponto alto da minha pesquisa dentro desse tema, e delas nasceu esse livro.

Leia mais

Pergunte para um pai se seu filho é igual a outra criança! Prontamente ele responderá: meu filho é único! Não se parece nem com o irmão!
E não estamos falando só da aparência!
E por que algumas instituições de Educação Infantil tendem a tratar suas crianças como iguais, padronizadas?
 

Criança: um indivíduo

Atividades fechadas e engessadas revelam que os professores esperam suas turmas se comportem de forma homogênea. Como diz a educadora Rosa Batista, se espera que a criança se comporte como “aluno”: aluno obediente, aluno ordeiro, aluno disciplinado…

Leia mais

10/10