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O universo é composto por formas.
As crianças são sensíveis a essas formas e ficam intrigadas com a regularidade das margaridas, com as nervuras das folhas e com a imprevisibilidade das pedras encontradas pelo caminho. Algumas são harmoniosas e pertencem à cultura de diversos povos. As mandalas são um exemplo da manifestação de um universo estético que atravessa a história da humanidade. Mandalas são composições quase instintivas, construídas com naturalidade pelas crianças.

mandala elementos naturais

Que tal aproveitar as férias, experimentar trazer as mandalas para as crianças e acompanhar os percursos do grupo ao se inspirar nessa estética milenar?

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Ontem choveu e o jardim virou uma lama só. É tempo de repensar a proposta? Não! É tempo de aprender sobre a natureza e tudo o que ela traz. Então… para hoje a proposta é brincar no tanque de lama!

tanque de lamaO barro, ou a terra argilosa e molhada, é um dos quatro elementos naturais desafiadores e magnéticos para as crianças. A cor, a temperatura e a textura combina com a natureza orgânica das crianças. Por isso, a Escola do Bairro, da educadora Gisela Wajskop, localizada num histórico e tradicional bairro da cidade de São Paulo, reservou um espaço do seu jardim – de brincadeiras e pesquisas – para um tanque de lama. Isso mesmo! Além do clássico e sempre pertinente tanque de areia, a escola oferece uma área com terra argilosa para que, quando molhada, as crianças possam explorar. As experiências são tão intensas que às vezes não se espera a chuva e a terra é molhada com a mangueira.

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Crianças pequenas compreendem essa dimensão da cultura? É possível desenvolver com elas o reconhecimento e a valorização da comunidade em que vivem? Até que ponto podemos avançar com esse trabalho profundo que também constrói a identidade?

Todos os bairros, comunidades e cidades tem uma história que muitas vezes são preservadas pelos moradores mais antigos. Você sabe a história do bairro onde está instalada a escola em que trabalha? Você já se perguntou por que o bairro tem esse nome? E a rua?

Afinal, que mundo é este?

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Conhecer o lugar e trabalhar a cultura local é uma forma de resgatar um pouquinho da história de cada um de seus alunos, mas para isto você tem que se preparar.

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cores-das-plantasEstamos na primavera!
Que tal aproveitar a nova estação que convida para sair da sala e investigar as plantas do entorno? O clima e a paisagem inspiram a aventura de observar, experimentar, pesquisar, criar e descobrir. Vá pensando no seu contexto e nas suas experiências para construir conosco um novo planejamento para a primavera.

Quais árvores estão floridas em sua região? Que cores tem a paisagem natural?
Como fica o chão abaixo das árvores? As crianças têm o costume de coletar flores e folhas? É possível pegar as flores que caem?

Um professor pesquisador…

Faça uma pesquisa das plantas na sua cidade e no entorno da escola:

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A Escola do Bairro, da educadora Gisela Wajskop, foi inaugurada. Estávamos ansiosas para conferir o resultado interessante que já despontava na obra.
Como suspeitávamos… o clima de casa, de bairro, de família, de quintal, de brincadeira, se manteve. O que nos levou a pensar: como devem ser as escolas para crianças? Qual a atmosfera ideal? O que os ambientes devem transmitir?

Era uma manhã ensolarada. Um clima de festa de família ocupava uma das calçadas da Rua Joaquim Távora, na Vila Mariana, SP. Aquela agitação de entra e sai, de crianças querendo descobrir e pais ansiosos por conferir a possível escola para seus filhos.

Atravessando o corredor da entrada, ladeado por plantinhas coloridas, avista-se uma casa de vó e um imenso quintal no fundo.

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curso Tempo de Creche e Prisma Centro de Estudos A NATUREZA COMO PROJETO DE EDUCAÇÃO: DESCOBRINDO A NATUREZA NO QUINTAL

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Fomos conhecer as obras de instalação da Escola do Bairro, da educadora Gisela Wajskop, localizada na Vila Mariana, bairro histórico da cidade de São Paulo. Por que fomos até lá? Porque essa escola preserva a história de seu prédio e valoriza a cultura da comunidade do entorno. Porque seus muros vão abraçar os espaços verdes e equipamentos culturais e científicos de Vila Mariana. Porque o quintal verde da casa-escola é uma mancha de natureza, com os encantos de árvores e sombras, áreas para água e para fogueira, muita terra, areia, pedras, sol e até almoçar vendo o céu.  

O caminho já se mostrou um percurso prazeroso. Ruas repletas de casinhas pequeninas, com janelas, portas e cerquinhas, cobertas pelas sombras de grandes árvores centenárias e jardins com azaleias e roseiras passadas de geração em geração. Moradias mágicas que mostram para rua uma fachada pequena e singela, mas que, ao passar pelos portões, revelam quintais gigantescos e espaços recheados de mistérios. Uma dessas casas será a nova escola da pós doutoranda em Educação Gisela Wajskop.

Escola do Bairro 1A partir de uma vida de salas de aula, pesquisa e muito estudo, Gisela está reformando uma casa com arquitetura típica dos anos de 1940/50 para transformá-la na ESCOLA DO BAIRRO. A reforma do imóvel conversa com as crenças da educadora, que cuida de cada detalhe para preservar os rastros históricos do prédio e a atmosfera do bairro. Tudo pensado para que seus futuros alunos convivam com todos os aspectos da educação, da cultura e da cidadania. Uma concepção de que o que está de fora também está dentro. Não existem lados, porque sutilmente, espaços internos e externos parecem um só. Assim como corpo e alma.

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No momento em que repensamos currículo e ambiente de educação, questões como o “transtorno do déficit de natureza” precisam ser considerados. Tempo de Creche conversou com o jornalista americano Richard Louv, criador desse e de outros conceitos geradores de um movimento planetário de conservação ambiental, reurbanização e melhoria da qualidade de vida.

Tempo de Creche – Quais são as suas expectativas sobre as conexões entre as crianças brasileiras de áreas urbanas e a natureza? 

51dr4oni-UL._UY250_Richard – Eu acredito que as crianças brasileiras, assim como as crianças de todo o mundo, estão sofrendo do que eu chamo de “transtorno do déficit de natureza”. Como eu defino no livro A última criança na natureza (Last Child in the Woods), não se trata de um diagnóstico médico, mas de um termo útil – uma metáfora – para descrever o que as pesquisas científicas e muitos de nós acreditamos como custos humanos da alienação da natureza. Entre estes custos estão: diminuição do uso dos sentidos, dificuldade de atenção, taxas mais elevadas de doenças físicas e emocionais, aumento da taxa de miopia, obesidade infantil e adulta, deficiência de vitamina D e outras doenças. Para quem se interessar, o site Children & Nature Network compilou uma biblioteca online de estudos, relatórios e publicações, disponíveis para visualização ou download.

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O Jornal O Estado de São Paulo, publicou no dia 29/05 uma matéria a respeito da Educação Infantil na cidade (“Creche terceirizada bate recorde em SP”). A reportagem mirou a grande quantidade de creches conveniadas, um formato que é fruto de parcerias entre entidades sem fins lucrativos e o governo municipal. Nessa análise, comparou-as com os centros de educação infantil construídos e geridos pelo governo. Mas esqueceu de apontar uma situação grave e comum a todos os formatos: a falta de natureza em grande parte das instituições.

reportagem jornal estado de são paulo 29-05A comparação entre os formatos revelou que as creches conveniadas enfrentam sérias dificuldades que acentuam diferenças na qualidade da educação infantil oferecida pelo governo:

  • Diferenças no padrão da merenda escolar,
  • Precariedade na manutenção dos prédios,
  • Insuficiência de mobiliário,
  • Regime diferenciado na contratação dos profissionais.

Mas uma situação que se sobressai, não mencionada na reportagem, são as discrepâncias notáveis entre o que preconizam os currículos pedagógicos e diretrizes oficiais para a Educação Infantil e as orientações para a construção e adequação dos espaços físicos das creches.

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pés na terraNatureza não é tema de projeto! É um conteúdo pedagógico tão fundamental ao desenvolvimento das crianças quanto o desenho, a leitura e outros. Natureza: sol, ar puro, plantas e animais… Este contato é importante para a formação dos pequenos tanto do ponto de vista biológico-físico como para a saúde mental.

(…) não temos a pretensão de fixar prematuramente as formas de uma vida escolar em que a grande lei pedagógica é o dinamismo. (Celéstine Freinet)

Os ambientes naturais, cada vez mais escassos, são os responsáveis pela nossa existência. As crianças precisam se desenvolver neles para compreenderem que não é possível viver com qualidade na sua falta ou degradação.

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