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Desde que o mundo é mundo, o homem mantém seu espírito engenheiro, uma comichão para juntar coisas e transformá-las em outras coisas. Há milênios o homem constrói, experimenta e repete estas brincadeiras desde criança. Ainda bebê, os objetos são segurados, revirados, sacudidos, derrubados e atirados. Mais tarde, com dois ou mais objetos, os pequenos testam encaixes, equilíbrios, empilhamentos e “derrubamentos”. Aos poucos, as crianças exercitam atividades de construir partindo da associação de objetos sem um objetivo definido, para grandes construções planejadas.

A palavra engenharia tem origem no latim ingenium, que significa genialidade e habilidade. No século XIV ela foi relacionada à habilidade de construir e, mais tarde, à engenharia. O fato é que, construir coisas é brincadeira de criança de todas as culturas, o que muda são os materiais utilizados.

E a escola, o que ela tem a ver com esta habilidade humana?

Na escola às vezes nos limitamos em oferecer kits de blocos, quebra-cabeças e de peças de encaixe acreditando que os desejos das crianças de construir estão sendo contemplados.
Só que não!
Assim como em outros contextos de brincadeira, a oferta exclusiva de brinquedos prontos limita o uso e pouco favorece a criação e o exercício de ir além do que “está previsto” para o material. Assim como o desenho e a modelagem, as atividades de construção desafiam a criatividade, o planejamento, a previsão de situações (acho que vai encaixar/equilibrar/caber) e a resolução de problemas. Por isso, oferecer materiais alternativos amplia os desafios e as experiências. E, para a nossa sorte, alguns destes objetos são acessíveis e fáceis de encontrar: sucatas e outros materiais de largo alcance – os não estruturados.

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