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A educadora Mirian Celeste Martins conversou com a equipe do Tempo de Creche sobre a mediação cultural que os professores fazem ao apresentar obras de arte para as crianças e organizar a exposições da escola: a curadoria educativa. Para Mirian, selecionar e oferecer obras provoca oportunidades de discussão. As obras interrogam, promovem significados e as crianças respondem.

Tempo de Creche – Conhecendo o seu trabalho, entendemos que os professores, assim como os curadores dos museus e exposições, também fazem uma curadoria ao selecionar o repertório artístico e cultural que apresentam para seus alunos. Como você vê essa questão?

Arte para crianças

Mirian – Curador é aquele que cuida de uma exposição. Ele tem a ideia que orienta a exposição, pensando na seleção das obras e no modo como vão ocupar o espaço. Todas estas relações têm a preocupação de aproximar o público da exposição. O educador também quer aproximar as crianças da arte e, para isso, deve selecionar criteriosamente o que e como apresentá-la.

Para o educador e curador Luiz Guilherme Vergara, a curadoria impulsiona a educação do outro que está ali como aprendiz, aberto para experiências. Portanto, o responsável pela curadoria educativa é o promotor do encontro do visitante com a obra.

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Logo do Espaço NAEO Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca de São Paulo inaugurou no último domingo, 25/01/15, um novo espaço voltado para ações educativas.  Estudado e construído com um olhar multiuso, o Espaço NAE possibilita atividades poéticas do educativo do museu com o público em geral, inclusive o infantil e também encontra/se voltado para a formação de educadores. A inauguração do Espaço NAE contou com a participação de Luiz Guilherme Vergara, educador, curador e atualmente diretor do Museu de Arte Contemporânea de Niterói e dos conectores platônicos: artistas educadores do MAC que desenvolveram atividades de reflexão sobre as possibilidades educativas dos espaços culturais.

Vergara com paralepipidoDurante o encontro, Vergara abordou o desafio do trabalho dos educadores diante dos movimentos de sentir para perceber, correlacionando o mundo das ideias e possibilidades à necessidade do momento. Ao trabalhar com um paralelepipedo, ele propos aos participantes sentirem as “mil palavras contidas nesta pedra filosofal”. Esta proposta nos incentiva a pensar como em cada objeto existem múltiplos significados e como cada palavra pode nos levar a mil pensamentos. Esta multiplicidade de sentidos se dá para cada um de nós, mas também em somatória, ou seja, para todos nós! Assim proporciona um exercício de construção coletiva de sentidos.

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