Tag de arquivos: observação e reflexão

Por que é tão difícil registrar?Por que as informações apontadas nos registros, às vezes, não nos dizem nada?Estou no final de um projeto de formação desenvolvido com uma rede municipal de ensino de São Paulo e, revendo os meus próprios registros, decidi compartilhar alguns pensamentos com os leitores do Tempo de Creche. A linha mestra do projeto foi construir aprendizados da prática pedagógica a partir de discussões e reflexões de momentos de brincadeira espontânea das crianças, gravados em vídeos realizados pelos professores.   A cada encontro formativo, assistíamos a vídeos com duração de 2 a 4 minutos e discutíamos sobre as ações das crianças e as propostas dos professores. Num dos encontros, “gastamos” 1 hora e 30 minutos assistindo o mesmo vídeo, descrevendo e interpretando as cenas de brincadeira de faz de conta vividas por dois grupos de meninas. A cada repassada, novos trechos chamavam a atenção dos professores e…

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Projetos e sequências didáticas se aplicam aos bebês? Eles compreendem estes processos? Acompanhe o percurso de um trio de professoras de bebês que trabalhou as sensações provocadas por diferentes farinhas e pela areia comestível.

Recentemente surgiu uma questionamento entre as professoras participantes das nossas formações: se os bebês são curiosos e pesquisadores, cabe fazer perguntas e desafiá-los?

 Sim! Basta adequar as intervenções:

  1. Começamos pelos materiais e pela organização de um espaço propositor. É pensar na arrumação de um local que fale por si, que inspire brincadeiras e que favoreça explorações e descobertas. Se consideramos que os bebês possuem diferentes antenas pelas quais conhecem o mundo que os cerca, os espaços e os materiais devem provocar um espectro de variadas sensações.
  2. Durante o andamento da proposta, permitimos o movimento livre do grupo para conhecer o espaço e os materiais da atividade. Em seguida, encurtamos a distância entre nós e os bebês, sentando junto para convidar e desafiar: viu esse material? Quer brincar? Quer tentar colocar a mão? Vamos descobrir o que isso faz/como é?
  3. Por fim, observamos e agarramos as oportunidades surgidas nas brincadeiras e nas expressões das crianças: olha o que você descobriu! O que será que aconteceu? Como você fez isso? Mostra para mim? Olha o que eu tenho aqui… (mostrar um objeto, um pote, uma colher, outro riscador, um brinquedo etc.), será que você quer brincar com isso também? A ideia é observar a brincadeira e intervir para que fique mais complexa. Assim, provocamos novos pensamentos com outros materiais e perguntas sutis, damos autonomia para a criança aceitar ou não o desafio, e esperamos o tempo dela pensar, testar e inventar.

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Identificamos uma angústia nos professores que os paralisa e bloqueia o exercício do registro: é preciso registrar e refletir sobre todos os momentos e todas as crianças? Como é possível observar, anotar e fotografar quando precisamos estar atentos ao desenvolvimento da proposta, à mediação, ao cuidado e sem deixar de lado os interesses individuais? O que dizer então sobre o número exagerado de crianças pequenas nas turmas de Educação Infantil? Finalmente, como desviar a atenção dos pequenos que sempre se sobressaem ou monopolizam nossa cota de cuidados?

imagem 2 observação e registro

Não são poucos os motivos que justificam as angústias de ter que se transformar num super-professor com poderes extraordinários! Mas não temos superpoderes… Por isso, o caminho é o foco!  Como assim?

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