Projetos, investigações e a cultura de pensamento
Será que eu tenho um tema de projeto em mãos? Antes de pensar nisso, é preciso refletir sobre o que queremos ao implementar percursos investigativos e projetos com as crianças. Queremos que elas colecionem informações sobre o tema? Queremos que elas vivenciem experiências? Se sim, quais tipos de experiências buscamos oportunizar? Será que o tema em questão se presta às condições para implementar uma cultura de pensamento? Muito se fala sobre pedagogia de projeto, investigação e curiosidade infantil. Em função disso, os professores se sentem pressionados a encontrar, entre os interesses das crianças, temas que engajem a turma em longas pesquisas. Só que, ao criar situações para escutar a turma, ou não notam nada de especial, ou percebem que os interesses são inúmeros! Como escolher os caminhos investigativos a seguir? Como escolher um tema que desperte interesses a “longo prazo”? Como trabalhar com investigações e ainda garantir as aprendizagens dos…
Areia: divertida, desafiadora e natural
A areia, e suas mil utilidades na Educação Infantil, é sempre um recurso que atrai as crianças e desperta para muitas brincadeiras. O CEI Shangri-la, em São Paulo, fez uma proposta diferente com esse material: vamos mudar a cor da areia?
As professoras Esilaine e Laudiceia forraram com lona plástica um dos espaços externos, organizaram bacias, pequenos potes de tinta guache e palitos de sorvete, um para cada criança.
Introduziram a proposta com uma quantidade de areia apresentada em duas bacias no centro do espaço. As crianças foram convidadas a buscar uma bacia vazia e pegar um pouco de areia das bacias centrais.
Protagonismo infantil em três relatos práticos
Quer conhecer três projetos que valorizam o protagonismo infantil?
Confira os depoimentos de professoras sobre práticas de projetos que percorreram o ano de 2015 na Escola Primeira, São Paulo.
No final de novembro visitamos a V Mostra Cultural da Primeira: Lá…tão longe, tão perto! organizada pela equipe pedagógica para dar visibilidade às profundas aprendizagens das crianças ao longo do ano. A mostra apresentou uma síntese reveladora daquilo que foi mais significativo para as crianças e, ao mesmo tempo, proporcionou experiências estéticas com os registros e produções selecionadas.
Veja a postagem Palavra de… Bia Nogueira: atelierista para conhecer mais sobre essa mostra da Escola Primeira.
1- Da minha janela eu vejo o mundo
Faixa etária: 18 a 24 meses
Professora responsável: Talita Pereira de Freitas
Auxiliar: Arline Midori Zamparo
Atelierista: Bia Nogueira
Este ano o trabalho da professora Talita com sua turma começou diferentemente dos anos anteriores. Suas crianças só queriam ficar dentro da sala. Segundo a Talita, geralmente os pequenos querem ir ao parque e correr, mas estes não. Com isso, começou a ideia de trabalhar o acolhimento se abrigando em ninhos, que, mais tarde, evoluiu para a construção das caixas, algumas delas expostas na mostra.
Para não deixar a pesquisa na “caixa pela caixa”, as crianças e a professora começaram a explorá-la com os sentidos. Tudo partiu de uma das crianças que degustava um alimento. O projeto começou a caminhar pelas várias formas de exploração dos sentidos: sons, gostos, cores, cheiros e sensações do tato.