Rotinas não tão rotineiras
Uma situação tão instituída e corriqueira como a hora da soneca pode ser diferente? A dormida da tarde e outros momentos da rotina podem ganhar outros contornos?
Podem sim!
No CEI Nossa Turma, SP, as professoras Sandra Aparecida Ferrari Lima e Maria Aparecida Soares Santos (a Cida) organizaram uma proposta que envolvia tecidos coloridos de variados tipos. A expectativa era que os pequenos experimentassem modos de se vestir e usar os tecidos. Para garantir as criações, providenciaram fitas de elástico, para amarrar e manter os modelitos no corpo, e cabides para compor um espaço propositor.
Será que as crianças pensariam em se vestir com os tecidos?
Quais experimentações poderiam surgir?
Sala arrumada, instrumentos de registro e câmeras em mãos, era hora de chamar a turma que estava com a Cida no parque.
As crianças foram entrando e se maravilhando com o espaço transformado. Puxaram alguns dos tecidos pendurados e descobriram caixas com mais variedades. Como os tamanhos favoreciam o manuseio (1,0 x 0,70m e 1,0 x 1,40m), as crianças experimentaram usar o material como capa, colocar na cabeça como turbante e… aos poucos, saias, vestidos e pareôs foram surgindo a pedido dos pequenos e ajeitados com ajuda das professoras.
O dia a dia da creche e a Rotina: o que pensar e por onde começar?
Uma professora nos escreve para auxiliá-la na orientação da rotina, pois trabalha com crianças de 3 a 4 anos e fica em dúvida de como e que conteúdos, eixos contemplar na mesma.
Quando o tema é Rotina, o que estamos pensando? Como a definimos?
Existe um modelo pronto aplicável a todas as creches e escolas de Educação Infantil?
Não!
Se definirmos rotina como a organização do desenvolvimento que abrange o trabalho diário de professores e crianças, estamos falando em como levar em conta as concepções pedagógicas, a percepção de tempos, espaços e sua relação com as organizações da ação do professor e das crianças.