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Um pensamento comum no meu tempo de criança afirmava que “conhecimento não ocupa espaço”, mas não significa que não é trabalhoso conquistá-lo…

Olhar para o passado e para o futuro embasa o planejamento no presente. Lembrando disto, mexemos no arquivo de postagens publicadas nos meses de abril de 2014 a 2018. Os temas são variados e propõem um leque de possibilidades para refletir:

  • O que pensamos nos meses de abril para fazer as postagens do Tempo de Creche?
    Quais temas nos envolveram?
    A preocupação maior foi a criança!
    Pensamos nelas o tempo todo, mas o olhar foi estendido para as diferentes dimensões do fazer pedagógico…Organizamos as postagens procurando agrupá-las por temas e, assim, facilitar o acesso aos conteúdos que lhe provoquem:
  • Diversidade,
  • A escola e o seu entorno,
  • Ampliação cultural,
  • Relação criança-adulto,
  • Aprofundando a formação,
  • Aprimoramento profissional,
  • Planejamentos e
  • Recursos.

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Zero a três anos de idade não é só uma questão de idade. É abordar os principais anos da formação de todos os seres humanos. É neste período que as experiências e descobertas são levadas para toda a vida.

Converso Assessoria Pedagógica e Ateliê Arte, Educação e Movimento apresentam uma jornada com oportunidades para se debruçar sobre este período, com o olhar fundamentado na abordagem de Emmi Pikler.

A proposta contempla ciclos de estudos com três encontros cada, um curso semestral e uma palestra.

crianças comendo

O Ciclo sobre Alimentação, que inicia em 15 de setembro, envolve o planejar cuidadoso dos momentos de alimentação das crianças, compreendendo-os como parte de ações intencionais de educação, que demandam tempo, espaço e organização especial. A alimentação das crianças pequenas vai além da satisfação das suas necessidades básicas de subsistência. A hora da comida está repleta de significados afetivos, sociais e culturais que construímos na relação com o outro, seja ele o cuidador ou companheiro de mesa.

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Falar de leitura para bebês e crianças pequenas pode soar estranho e ainda é assunto polêmico. Quase sempre associamos a leitura ao aprendizado da escrita ou à ideia de que os bebês não estão capacitados para compreender e absorver de modo ativo e inteligente esta parcela letrada do mundo.

Tania 2

Estudos e práticas recentes revelam exatamente o contrário.  Reside uma sabedoria infantil que nasce no berço e, livros e leituras podem se tornar uma espécie de brincadeira alegre e divertida para os bebês.

É disto que falaremos daqui para adiante. O que me impulsionou a escrever este texto, além do convite do pessoal do Blog “Tempo de Creche” e da minha afinidade e familiaridade com o assunto, foi a leitura que fiz na Revista Emília e na entrevista que Yolanda Reyes, uma colombiana que defende uma cultura leitora desde o início da vida concedeu ao blog Arte e Infância. Nesta reportagem Yolanda afirma que os primeiros contatos das crianças com a literatura ocorrem em “livros sem páginas, que estão escritos na boca das pessoas”.

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As pedagogas Tânia Fulkemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. Neste último capítulo, as autoras aprofundam algumas das ações das escolas com as famílias para promover o diálogo e construir relações e vínculo: encontros culturais e festivos.

7.  ENCONTROS CULTURAIS E FESTIVOS

Festa junina

A participação dos pais precisa ser planejada para construção de uma comunidade educadora, que é parceira e divide funções, guardando as respectivas autonomias e fronteiras.

Festejar é preciso e o convite da escola para festas e eventos precisam constar do calendário da escola a ser enviado às famílias no início de cada ano. Não devem ser excessivas nem poucas demais, mas guardar um certo equilíbrio, para não exagerar no número de vezes que chamamos os pais à escola.

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As pedagogas Tânia Fulkemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. Neste capítulo, as autoras aprofundam algumas das ações das escolas com as famílias para promover o diálogo e construir relações e vínculo: contatos de porta e primeiros dias na creche.

  6. CONTATOS DE PORTA E PRIMEIROS DIAS NA CRECHE

Crianças e paiMuitos pais querem conhecer a professora do seu filho e saber como é a pessoa ou as pessoas que cuidarão dele. Nutrem fantasias a respeito do jeito delas e precisam “ver para crer” e saber se são carinhosas ou ríspidas, comunicativas ou caladas, querem confirmar se são atenciosas e dedicadas as crianças e se correspondem as suas demais expectativas. Todos os pais têm uma ideia do tipo de professor que acham melhor para o seu filho, mesmo que este não seja verdadeiramente o perfil daquele que vai cuidar dele. Os contatos de porta e a presença deles na escola nos primeiros dias em que a criança ingressa são decisivos, servem para afinar estas expectativas, para criar os primeiros laços e fortalecer os vínculos entre pais e educadores.

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As pedagogas Tânia Fulkemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. Neste capítulo, as autoras aprofundam algumas das ações das escolas com as famílias para promover o diálogo e construir relações e vínculo: os cadernos de comunicados 

4. RELAÇÕES EM AÇÃO: CADERNOS DE COMUNICADOS

Comunicados

Cadernos  ou cadernetas são importante instrumentos de comunicação com as famílias, e devem ser usados diariamente e sempre que necessário para perguntas e colocações bem objetivas, como pedir mais roupas de troca, perguntar sobre o horário do sono da criança em casa, pedir mais agasalho ou sapatos, agendar uma conversa ou entrevista. Nunca escreveremos comentários sobre a criança na agenda, do tipo “não está comendo nada”, ou “está chorando muito”, ou “machucou o amigo”, porque só aumenta a ansiedade dos pais. Este tipo de comentário será feito em entrevista com a coordenação com objetivo de planejarem, família e escola, estratégias comuns para dar conta da questão.

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As pedagogas Tânia Fulkemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. Neste capítulo, as autoras aprofundam algumas das ações das escolas com as famílias para promover o diálogo e construir relações e vínculo: a REUNIÃO de PAIS.

4. RELAÇÕES EM AÇÃO: REUNIÃO DE PAIS

CEI Cidinha UNA

É comum os professores se queixarem da baixa frequência dos pais nas reuniões pedagógicas. Este é um ponto a ser vencido nas escolas. Quando as reuniões se tornam mais interessantes e adequadas a tendência é contagiar, o “boca a boca” entre pais atrai novos adeptos. Uma nova prática precisa ser construída, que ultrapasse a velha e tradicional ideia de que as reuniões são cansativas, entediantes, não servem para nada ou viram um muro de lamentações ou um blá, blá, blá cheio de avisos, regras, cobranças e “pedagogês” e a única alternativa dos pais ou responsáveis é escutar passivamente

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As pedagogas Tânia Fukemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. São sete capítulos para refletir e inspirar as ações dessa delicada relação e as possibilidades de construir um ambiente favorável ao desenvolvimento e educação das crianças e das comunidades abrangidas pela instituição.

3. APROFUNDANDO O DIÁLOGO

gêmeos

Nas conversas com os pais e familiares é preciso deixar claros os objetivos e cultura institucional. É possível concordar ou discordar dos pais, podendo acatar ou não suas sugestões, buscando sempre fundamentar e esclarecer nossas decisões. Os pais também têm o direito de argumentar frente aos encaminhamentos institucionais. O importante é lembrar que todas as atitudes adotadas devem ser pautadas no que é melhor para as crianças e a coletividade escolar. E devem dar espaços para que caibam individualidades e singularidades neste coletivo.

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As pedagogas Tânia Fukemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. São sete capítulos para refletir e inspirar as ações dessa delicada relação e as possibilidades de construir um ambiente favorável ao desenvolvimento e educação das crianças e das comunidades abrangidas pela instituição.

2. CRECHES E FAMÍLIAS: UMA PARCERIA DE ESCUTA

Entender a escola como ambiente de desenvolvimento infantil traz uma nova lente para educadores e famílias. Ambos nutrem expectativas em relação ao outro que, muitas vezes, são contraditórias. Algumas situações exigem um bom diálogo e uma dose de trabalho e disponibilidade para esclarecer à comunidade a função educativa da creche, para trocar opiniões, negociar e buscar soluções conjuntas e inovadoras para este atual formato de atendimento às crianças. Isto implica aceitar que qualquer criança pode frequentar a creche, não importa a razão pela qual seus pais optaram por isto. Parece muito simples esta proposição, mas compreendê-la significa aceitar, por exemplo, que uma mãe ou um pai deixe seu filho lá seja para passear, descansar ou procurar um trabalho. Isto é do âmbito particular e peculiar e não cabe à escola avaliar as dinâmicas e escolhas familiares.

Obras

 

A creche é uma instituição que recebe famílias dos mais diferentes estilos, religiões e culturas domésticas. Os diferentes modos de pensar e agir em relação às crianças geram conflitos que são inevitáveis e inerentes às relações humanas. Seria utópico (ideal, impossível) pensarmos em uma relação da creche com as famílias livre de contradições e atritos. Apesar dos esforços dos educadores para manter um bom relacionamento com as famílias, ainda é evidente as dificuldades de enfrentar os confrontos que são característicos das relações. Ao invés de tentarmos eliminar os conflitos ou abafá-los, precisamos enfrentá-los com humildade e flexibilidade. Isto só é possível por meio de uma escuta aberta, respeitosa e verdadeira para com os pais e responsáveis.

Mas como fazer isto?

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brincadeiras Território do Brincar Num texto interessante e apetitoso, Tânia Fukelmann Landau, pedagoga e especialista em Educação Lúdica, fala ao Tempo de Creche, reconhecendo a importância das tradições culturais na primeira infância uma vez que a sociedade em que ela se desenvolve é determinante para a sua formação. Destaca também a produção de cultura da criança, com a valorização e reconhecimento dos conteúdos produzidos por parte de quem educa.

Tempo de Creche – Neste período em que planejamos o calendário do ano, como você vê as manifestações culturais e a educação para a primeira infância?

Tania Fukelmann Landau imagem

Tânia – Mesmo antes de nascer o bebê já está imerso em uma cultura. Algumas mães cultivam a prática de acariciar a barriga, outras conversam com seus filhos e cantam para eles ainda escondidinhos no seu ventre. Dedicam um tempo pessoal para prepararem o quarto, o enxoval com as roupas e imaginam como será o pequeno. Listam possíveis nomes e se inspiram em diversas fontes nestas alternativas. cartaz filme BébésFato é que isto tudo pode parecer natural, no entanto não é bem assim. Todas estas escolhas estão ancoradas em hábitos e práticas de determinados ambientes sociais. Estas são formas que conhecemos de preparo humano para a chegada dos descendentes, mas não são as únicas. No documentário Bebés gravado pelo cineasta francês Thomás Balmès podemos testemunhar como mães de diferentes lugares cuidam de formas diversas de sua prole durante o primeiro ano de vida. Podemos afirmar que as crianças, por serem introduzidas nestas diversas práticas culturais, desde muito cedo, podem desenvolver um sentimento de pertencimento e identidade. Este já seria um bom motivo para pensarmos nas manifestações culturais que estarão presentes na escola da primeira infância, considerando que, adotá-las é sempre uma escolha ancorada nas nossas crenças, convicções, ideais, rupturas e tradições.

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10/10