Coordenador: Roteiro de ações e formação de educadores
A ação do coordenador da Educação Infantil encontra diferentes desafios no cotidiano da formação de educadores
As solicitações emergenciais capturam o profissional que está, na maior parte de seu tempo, “apagando incêndios”, como dizem alguns profissionais, socorrendo uns e outros. Fica, então, difícil de criar uma forma de ação que estruture e garanta a qualificação da equipe e do trabalho.
Estão sozinhos nessa jornada?
Qual a saída?
Como, então, se preparar para organizar os momentos específicos de atuação da coordenação na sua função particular?
Como acompanhar o trabalho desenvolvido?
É no grupo, acompanhado por um educador, onde, a partir de socializações de nossas reflexões, de nossos significados, entramos em contato com o pensar do outro, gestando o confronto e o conflito com este pensar. Pois sempre pensamos, refletimos, com e para o outro, a favor ou contra. Madalena Freire
Rosa Iavelberg: o processo de aprendizagem do desenho na infância
Rosa Iavelberg, educadora, autora do livro Desenho na Educação Infantil fala sobre o novo olhar para o processo de aprendizagem do desenho na infância.
Rosa, são muito difundidos os estudos sobre as fases do processo de desenho na infância. Há um novo olhar para este processo?
Desenhar não é uma questão de dom. O desenho praticado desde a Educação Infantil pode abrir um mundo novo de experiências simbólicas que expandem a imaginação, a expressão e a capacidade criadora.
O que move a criança a desenhar é sua interação com os próprios desenhos e a sua diversidade presente nos ambientes. Hoje não se compreende mais o desenho da criança passando por fases de desenvolvimento de modo espontâneo e sim, que todos os alunos podem aprender a desenhar com orientação didática adequada sem ter medo de criar.
Josiane Del Corso: o fazer das crianças e as múltiplas linguagens
Na I Mostra Cultura de Infância do Ateliê Carambola Escola de Educação Infantil, Josiane Del Corso, diretora-educadora, nos fala da importância de desenvolver as múltiplas linguagens da criança e de registrar e revelar o seu fazer.
Tempo de Creche – Porque fazer uma exposição tão pensada e elaborada numa escola?
Jo – Esta I Mostra Cultura de Infância, tem este nome intencionalmente. É a forma como eu acredito que a gente deve revelar o fazer da criança. Fizemos mostras de processos dos trabalhos (das crianças), mais do que o produto em si, que em parte não fica visível (materialmente). A produção da criança é o processo. Eu sempre brinco que chamamos essa forma de documentar de processos documentais, que seriam tudo que a criança viveu no decorrer de um ano, para compartilhar com a família, a comunidade e com os professores. Os vídeos (presentes em todas as salas da mostra) apresentam o fazer da criança na ação, para visualizar a produção. O vídeo e a foto acabam se tornando a forma de revelar a aprendizagem. Este é o motivo desta mostra. É como nós concebemos a infância, com crianças potentes e ativas no processo de aprendizagem. Que venham outras mostras culturais da cultura de infância!
Conexões: a poética das crianças de 0 a 3 anos e a arte contemporânea
O Instituto Avisa Lá convida educadores a participar do III Encontro de arte contemporânea e a criança pequena, nos dias 27, 28 e 29 de novembro. O encontro abordará o projeto Conexão: a poética das crianças de 0 a 3 anos e a arte contemporânea.
Por que fazer registro?
Muitos educadores veem os registros como um recurso formal de comprovação dos trabalhos realizados com as crianças para atender às solicitações da coordenação, dos pais e até das supervisoras das instituições públicas de educação.
Os registros, quando realizados com liberdade e até criatividade podem alimentar o educador e fazê-lo crescer na sua visão e percepção dos processos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças. E em seu próprio repertório profissional.
Maria Aparecida fala sobre Educação Infantil
Maria Aparecida, como professora, formadora de professores e representante do segmento da Educação Infantil em São Paulo, qual o maior desafio de hoje para a Educação Infantil?
O nosso maior desafio para a educação infantil é colocar a criança como centro.
É ouvir a criança e, a partir desta escuta, fazer o trabalho pedagógico. E não o inverso: (fazer) uma atividade para uma criança que eu não estou escutando.
Então nosso maior desafio é ficar curioso para ouvir a criança, escutar as hipóteses dela e com isso aprender sobre ela.
Bebês aprendem muito. Desde cedo!
Duas reportagens publicadas neste mês trazem os mais recentes estudos sobre a incrível capacidade de bebês aprenderem na mais tenra idade. Desde o nascimento existem formas de agir, se relacionar e estimular o bebê para corresponder à admirável, e até recentemente ignorada, potencialidade do seu cérebro.
Organização de propostas: garantia de brincadeira e aprendizado
Como ser educador em meio à cena pulsante de crianças vivas e curiosas que seguem seus desejos para apreender o mundo? Como elaborar planos e propostas na educação Infantil?
Segundo Madalena Freire, ensinamos e aprendemos a partir do que sabemos, do que tem significado para nós. Os conteúdos que despertam e estimulam, tem que ter sentido para nós e para as crianças nesse jogo de ensino-aprendizagem. Nessa jornada, o educador da Educação Infantil, faz a mediação:
História: Caramelo, o caramujo
Leia Caramelo, o caramujo*. Era uma vez um caramujo que se chamava Caramelo.
Um dia, enquanto passeava calmamente pelo campo, encontrou flores lindas e algumas borboletas voando com as asas lindas e coloridas. O caramujo Caramelo pensou como seria bom se tivesse aquelas cores tão brilhantes na sua carapaça.