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Um pensamento comum no meu tempo de criança afirmava que “conhecimento não ocupa espaço”, mas não significa que não é trabalhoso conquistá-lo…

Olhar para o passado e para o futuro embasa o planejamento no presente. Lembrando disto, mexemos no arquivo de postagens publicadas nos meses de abril de 2014 a 2018. Os temas são variados e propõem um leque de possibilidades para refletir:

  • O que pensamos nos meses de abril para fazer as postagens do Tempo de Creche?
    Quais temas nos envolveram?
    A preocupação maior foi a criança!
    Pensamos nelas o tempo todo, mas o olhar foi estendido para as diferentes dimensões do fazer pedagógico…Organizamos as postagens procurando agrupá-las por temas e, assim, facilitar o acesso aos conteúdos que lhe provoquem:
  • Diversidade,
  • A escola e o seu entorno,
  • Ampliação cultural,
  • Relação criança-adulto,
  • Aprofundando a formação,
  • Aprimoramento profissional,
  • Planejamentos e
  • Recursos.

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– Sabia que tem coisas que só as crianças sabem? Pedro Henrique 5 anos.
– Vem comigo, vamos descobrir a felicidade atrás das flores. Ela mora lá. Fernanda, 4 anos.  
Conversamos com Claudia Siqueira, diretora do Colégio Sidarta, sobre o projeto Impressões Infantis, que valoriza a escuta e o registro da voz da criança.

coleçãoTempo de CrecheComo surgiu o projeto Impressões Infantis com o registro das falas das crianças em casa e na escola?

Claudia – O projeto foi inspirado na pesquisa de Loris Malaguzzi, sobre a escuta genuína ao universo infantil, ou seja, como a criança constrói  sua visão de Mundo. Loris foi um dos idealizadores das escolas Reggianas. Iniciamos esse projeto em 2008 e, portanto, já estamos na 8a edição.

Quando temos a oportunidade de revisitar a nossa história, seja através dos desenhos de infância, dos primeiros cadernos ou de roupas guardadas em belas caixas, ganhamos uma espécie de oxigênio mágico, que traz lágrimas aos olhos, o sorriso escancarado à boca e abraços saudosos, impregnados de lembranças de momentos de nossas vidas que dão significado ao que somos hoje.

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Em seu depoimento, a professora Denise Nalini nos coloca a importância das ações de construção de parceria na relação escola e família. Relações que valorizam atitudes de respeito e de escuta, sendo planejadas com intensão pedagógica e tendo previsão de ações específicas.

Tempo de Creche – As famílias sabem o que esperar da Educação Infantil?

CEI Cidinha UNA 1Denise – Na minha perspectiva, o trabalho com as famílias deve acontecer num processo que podemos chamar de formação da demanda. É a primeira vez que uma família tem contato com uma instituição de educação, portanto a forma como é tratada marca suas expectativas em relação ao que será uma boa ou não educação. Em termos nacionais, a chegada da população brasileira à Educação Infantil é recente. Até pouco tempo atrás, a creche era compreendida apenas como um direito da mãe e não da criança. Dessa maneira, as famílias tinham medo de dar informações, pois corriam o risco de perder a vaga do filho, essas práticas ao invés de aproximar as famílias das creches, afastou e gerou tensão. Além disso, grande parte das mães e pais viveram um modelo de escola, em que a tônica era a cópia, a pasta cheia e a criança quieta. Pensar em valores de uma nova educação, refletir sobre o papel da brincadeira auxilia os pais a compreenderem que padrão de qualidade em Educação Infantil é muito mais do que criança limpa ou criança quieta.

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As pedagogas Tânia Fulkemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. Neste capítulo, as autoras aprofundam algumas das ações das escolas com as famílias para promover o diálogo e construir relações e vínculo: os cadernos de comunicados 

4. RELAÇÕES EM AÇÃO: CADERNOS DE COMUNICADOS

Comunicados

Cadernos  ou cadernetas são importante instrumentos de comunicação com as famílias, e devem ser usados diariamente e sempre que necessário para perguntas e colocações bem objetivas, como pedir mais roupas de troca, perguntar sobre o horário do sono da criança em casa, pedir mais agasalho ou sapatos, agendar uma conversa ou entrevista. Nunca escreveremos comentários sobre a criança na agenda, do tipo “não está comendo nada”, ou “está chorando muito”, ou “machucou o amigo”, porque só aumenta a ansiedade dos pais. Este tipo de comentário será feito em entrevista com a coordenação com objetivo de planejarem, família e escola, estratégias comuns para dar conta da questão.

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As pedagogas Tânia Fulkemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. Neste capítulo, as autoras aprofundam algumas das ações das escolas com as famílias para promover o diálogo e construir relações e vínculo: a REUNIÃO de PAIS.

4. RELAÇÕES EM AÇÃO: REUNIÃO DE PAIS

CEI Cidinha UNA

É comum os professores se queixarem da baixa frequência dos pais nas reuniões pedagógicas. Este é um ponto a ser vencido nas escolas. Quando as reuniões se tornam mais interessantes e adequadas a tendência é contagiar, o “boca a boca” entre pais atrai novos adeptos. Uma nova prática precisa ser construída, que ultrapasse a velha e tradicional ideia de que as reuniões são cansativas, entediantes, não servem para nada ou viram um muro de lamentações ou um blá, blá, blá cheio de avisos, regras, cobranças e “pedagogês” e a única alternativa dos pais ou responsáveis é escutar passivamente

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As pedagogas Tânia Fukemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. São sete capítulos para refletir e inspirar as ações dessa delicada relação e as possibilidades de construir um ambiente favorável ao desenvolvimento e educação das crianças e das comunidades abrangidas pela instituição.

3. APROFUNDANDO O DIÁLOGO

gêmeos

Nas conversas com os pais e familiares é preciso deixar claros os objetivos e cultura institucional. É possível concordar ou discordar dos pais, podendo acatar ou não suas sugestões, buscando sempre fundamentar e esclarecer nossas decisões. Os pais também têm o direito de argumentar frente aos encaminhamentos institucionais. O importante é lembrar que todas as atitudes adotadas devem ser pautadas no que é melhor para as crianças e a coletividade escolar. E devem dar espaços para que caibam individualidades e singularidades neste coletivo.

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As pedagogas Tânia Fukemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. São sete capítulos para refletir e inspirar as ações dessa delicada relação e as possibilidades de construir um ambiente favorável ao desenvolvimento e educação das crianças e das comunidades abrangidas pela instituição.

2. CRECHES E FAMÍLIAS: UMA PARCERIA DE ESCUTA

Entender a escola como ambiente de desenvolvimento infantil traz uma nova lente para educadores e famílias. Ambos nutrem expectativas em relação ao outro que, muitas vezes, são contraditórias. Algumas situações exigem um bom diálogo e uma dose de trabalho e disponibilidade para esclarecer à comunidade a função educativa da creche, para trocar opiniões, negociar e buscar soluções conjuntas e inovadoras para este atual formato de atendimento às crianças. Isto implica aceitar que qualquer criança pode frequentar a creche, não importa a razão pela qual seus pais optaram por isto. Parece muito simples esta proposição, mas compreendê-la significa aceitar, por exemplo, que uma mãe ou um pai deixe seu filho lá seja para passear, descansar ou procurar um trabalho. Isto é do âmbito particular e peculiar e não cabe à escola avaliar as dinâmicas e escolhas familiares.

Obras

 

A creche é uma instituição que recebe famílias dos mais diferentes estilos, religiões e culturas domésticas. Os diferentes modos de pensar e agir em relação às crianças geram conflitos que são inevitáveis e inerentes às relações humanas. Seria utópico (ideal, impossível) pensarmos em uma relação da creche com as famílias livre de contradições e atritos. Apesar dos esforços dos educadores para manter um bom relacionamento com as famílias, ainda é evidente as dificuldades de enfrentar os confrontos que são característicos das relações. Ao invés de tentarmos eliminar os conflitos ou abafá-los, precisamos enfrentá-los com humildade e flexibilidade. Isto só é possível por meio de uma escuta aberta, respeitosa e verdadeira para com os pais e responsáveis.

Mas como fazer isto?

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As relações humanas são tão naturais que acontecem mesmo que não se troque nenhuma palavra. O ser humano é todo relação: qualquer sensação que detectamos a partir de outros seres humanos, nos provoca emoção e estabelece relações. Passamos informações através do nosso rosto, da roupa que usamos, do cheiro, da postura e obviamente das palavras. E, com essa bagagem, travamos as nossas relações.

Para o filósofo Vilém Flusser* as diferenças fazem parte da existência humana e ajudam a gerar mais conhecimento. Nesse contexto, as pedagogas Tania Fukemann Landau e Lena Bartman Marko escreveram diálogos sobre as relações envolvidas no ambiente das creches e instituições de educação. São sete capítulos para refletir e inspirar as ações dessa delicada relação e as possibilidades de construir um ambiente favorável ao desenvolvimento e educação das crianças e das comunidades abrangidas pela instituição. 

1. CONSTRUINDO DIÁLOGO E APOIO ENTRE FAMÍLIA E CRECHE

Quando uma criança entra na escola ela vem com o “pacote inteiro” – traz consigo uma história, uma família e um modo peculiar de ser, viver e se relacionar que vem ancorado na sua experiência pessoal e doméstica, pois cada indivíduo e cada família é de um jeito, tem seus hábitos, tradições e costumes.

Tarsila do Amaral

 

De modo geral, a família se alterou. Avós, tios e vizinhos não tem mais composto a vida cotidiana do arranjo familiar, assim, os espaços de troca e convívio tornaram-se escassos e os pais não sabem muito com quem podem contar em caso de necessidade, quando precisam de apoio ou de algum esclarecimento para suas dúvidas e incertezas. A correria do dia a dia invadiu as casas e transformou a relação com os filhos.

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8/8