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Brincadeira, oralidade e escrita: como tudo isso se relaciona? Numa nova tradução dos textos de Vigotski (livro Psicologia, educação e desenvolvimento: escritos de L. S. Vigotski), o autor nos diz que a brincadeira não deve ser considerada apenas como uma das atividades mais frequentes na vida de uma criança. Muito mais do que isso, a brincadeira “é a linha que guia o desenvolvimento na idade pré-escolar”. Vigotski também faz questão de afastar o clichê de que a brincadeira é prazerosa para a criança e por isso ela brinca. Quem observa o faz de conta, sabe que brota um turbilhão de emoções que expõe as crianças à alegria, ao prazer, à satisfação e também ao medo, à angústia, à raiva e até à tristeza. Mas afinal, por que as crianças brincam? Para Vigotski, a brincadeira “deve ser sempre entendida como uma realização imaginária e ilusória de desejos irrealizáveis”. Simplificando, criança brinca…

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Revisitamos as postagens de fevereiro e reunimos as informações para recuperar as ideias e facilitar o acesso às postagens. Quais as preocupações e os temas desenvolvidos ao longo destes anos destes períodos, a partir de 2015!

Em fevereiro 2015, apresentando o livro Por que Heloísa?   Tempo de Creche conversou com a mãe e autora Cristiana Soares. Ela nos ensina por que não ter medo de ter um aluno com deficiência em sala de aula nos provoca a repensar o conceito de deficiência. Vale a pena a leitura da postagem e do livro!

Na postagem Educação de 0 aos 3 anos: contribuições de Emmi Pikler, a especialista em Educação Infantil Suzana Soares em curso oferecido pela CONVERSO Assessoria em 2015 aprofunda a relação bebê – educador na Abordagem Pikler-Lóczy.  Tempo de Creche conversou com Suzana e a postagem traz as informações para compreender melhor os aprendizados do bebê nos primeiros anos a partir desta abordagem.

“É preciso olhar o mundo com olhos de criança”. – Com a sugestiva citação de Henri Matisse, nessa postagem damos a notícia da inauguração do Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca de São Paulo o Espaço NAE Estudado e construído com um olhar multiuso, possibilita atividades poéticas do educativo do museu com o público em geral, inclusive o infantil e também encontra/se voltado para a formação de educadores.

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Para Madalena Freire o registro ajuda a sistematizar o pensamento. Mas isso também se aplica às crianças pequenas?
Sim!
Então, como ajudá-las a registrar e elaborar aquilo que estão experimentando?

Bebês a partir de 6 meses podem aprender a segurar riscadores e experimentar fazer as primeiras marcas no suporte. Riscando, rabiscando e brincando, os pequenos vão desenvolvendo o desenho e percebendo que o modo como movimentam os dedos, a mão, o punho, o cotovelo o ombro e o corpo todo, determina a forma das marcas.

Nesse ponto os desafios de brincar de desenhar vão ficando mais complexos e interessantes. Buscar controlar os traços, repeti-los e modificá-los, instiga as crianças a buscarem soluções.

O desenho assim, conquista mais detalhamento.

Os resultados desse desenvolvimento não ficam marcados somente no papel. Aspectos cognitivos são trabalhados e o cérebro aprende a controlar o corpo e usar o desenho como expressão dos pensamentos, emoções e memórias.

É justamente aí que reside o recurso do registro infantil. Como o registro feito por nós, adultos, conquista qualidade à medida em que é praticado.

Registro em desenho Projeto Amiguinha Santa MarinaNo CEI Santa Marina, em São Paulo, as crianças de 3 a 4 anos desenham todos os dias. Nas ocasiões em que as professoras percebem que experiências significativas precisam ser elaboradas e repensadas, toca desenhar!

Experimentaram algo novo?
Entusiasmaram-se com uma história?
Estão trabalhando num projeto?
Precisam pensar sobre um acontecimento?

Mãos no riscador!

É incrível notar a qualidade do desenho dos pequenos do Santa Marina! Crianças que facilmente expressam suas ideias no papel e também oralmente.

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Na segunda postagem da conversa com a educadora e estudiosa Magda Soares, pesquisadora de alfabetização e letramento, enfocamos os processos da criança ao desenvolver suas habilidades de comunicação e a construção da parceria com as famílias durante o letramento e o início da alfabetização. Para Magda, a criança imersa na cultura da escrita naturalmente se interessa por ela e repete, de certa forma, a trajetória criativa da humanidade na sua invenção, usos e práticas.

Antes de mergulhar em mais um texto esclarecedor e inspirador, Magda compartilha uma observação que vem fazendo ao longo dos seus anos de trabalho com crianças pequenas: a criança quer compreender o mundo que a circunda, e quer que a esclareçam sobre esse mundo circundante. Quando se pergunta a uma criança prestes a entrar em instituição de Educação Infantil  “por que você quer ir para a escolinha?”, a resposta é quase sempre “para aprender a ler”, raramente a resposta é  “para brincar”.

Parte 1: Letramento ou alfabetização? Os dois!
Parte 2: Crianças e a reinvenção da escrita

Crianças e a reinvenção da escrita

Crianças desenhando com gizTempo de Creche – Alguns estudos ressaltam a importância da criatividade das crianças pequenas quando começam a se apropriar do código linguístico. Outros estudos colocam que a criança pequena começa a se comunicar por meio de imagens e que esse percurso se perde quando elas iniciam a alfabetização e o uso das palavras escritas. Como você vê estas questões?

Magda Inicialmente, proponho substituirmos  “código” por “representação”, pois os sons da língua não são “codificados” em letras, mas “representados”  por letras, e isso resulta em significativa diferença na compreensão dos processos da criança e, em decorrência, em sua orientação.

Também proponho não nos restringirmos à apropriação do sistema de representação alfabético, mas, mais amplamente, à inserção plena da criança na cultura do escrito: inserção no letramento, considerando a alfabetização um dos componentes do letramento (como disse na primeira postagem Palavra de… Magda Soares: a linguagem escrita na infância, alfabetização e letramento são interdependentes e indissociáveis).

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O homem começou sua viagem na escrita quando a inventou há mais de 5000 anos. De lá pra cá tudo mudou: nosso pensamento ficou mais complexo, conseguimos registrar as trajetórias e acontecimentos da vida e a comunicação ganhou fronteiras e conquistou o tempo. É com grande prazer que o Tempo de Creche conversou com a educadora e estudiosa Magda Soares, pesquisadora de alfabetização e letramento que, em duas postagens nos conta como a criança percebe o universo da linguagem escrita, o que é alfabetização, o que é letramento e o que precisamos fazer para trabalhar esses processos.

Parte 1: Letramento ou alfabetização? Os dois!
Parte 2: Crianças e a reinvenção da escrita

menino escrevendo

Letramento ou alfabetização? Os dois!

Tempo de Creche – Qual é a diferença entre alfabetização e letramento?

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Balão-Dúvida-pComo pensar o letramento e a alfabetização na Educação Infantil? Quais atividades são prioritárias para o pleno desenvolvimento das crianças?

cartaz salas uniepreRudolf Steiner, filósofo e educador austríaco do início do século XX, defende que até os sete anos a criança  tem que brincar. E ponto! E esta é uma das responsabilidades da escola.
As linguagens do corpo são acompanhadas pelo desenvolvimento neurológico como um todo, incluside da linguagem oral. Para Steiner, a educação da primeira infância voltada para o brincar conquista mais resultados futuros do que aprender técnicas de leitura e escrita!
Também Vigotski seguiu nessa linha na mesma época. O aprendizado da escrita é gradual e deve ser iniciado na primeira infância por meio do fazer simbólico. Para o psicólogo bielorrusso, atividades mecânicas de leitura e escrita atrapalham o amadurecimento porque pulam etapas do desenvolvimento. Por outro lado, a brincadeira garante os pilares para a construção significativa da linguagem.
Então GRADUAL, LÚDICA e SIGNIFICATIVA parecem ser as chaves para pensar os conteúdos que contribuem com o amadurecimento neuropsíquico da criança e que as levará a dominar o sistema de símbolos da leitura e escrita, na alfabetização.

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Josiane Dell CorsoNa I Mostra Cultura de Infância do Ateliê Carambola Escola de Educação Infantil, Josiane Del Corso, diretora-educadora, nos fala da importância de desenvolver as múltiplas linguagens da criança e de registrar e revelar o seu fazer.

Tempo de Creche Porque fazer uma exposição tão pensada e elaborada numa escola?

Jo Esta I Mostra Cultura de Infância, tem este nome intencionalmente. É a forma como eu acredito que a gente deve revelar o fazer da criança. Fizemos mostras de processos dos trabalhos (das crianças), mais do que o produto em si, que em parte não fica visível (materialmente). A produção da criança é o processo. Eu sempre brinco que chamamos essa forma de documentar de processos documentais, que seriam tudo que a criança viveu no decorrer de um ano, para compartilhar com a família, a comunidade e com os professores. Os vídeos (presentes em todas as salas da mostra) apresentam o fazer da criança na ação, para visualizar a produção. O vídeo e a foto acabam se tornando a forma de revelar a aprendizagem. Este é o motivo desta mostra. É como nós concebemos a infância, com crianças potentes e ativas no processo de aprendizagem. Que venham outras mostras culturais da cultura de infância!

I Mostra Cultura de Infancia - Atelie Carambola

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Jornal Estado de São Paulo 6-09-2014Os resultados do IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – de 2013 foram publicados e apontaram para a estagnação das notas do ensino médio e leve aumento para o ensino fundamental. As notas, além de baixas, não atingiram as metas estipuladas pelo governo federal.

Segundo o Jornal o Estado de São Paulo, de 6/09/2014, para justificar o fracasso nos dois últimos ciclos da educação básica, o governo federal defende uma reforma do currículo para tornar a escola mais atraente para os jovens.

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